Nível do rio subindo

Famílias são retiradas de área com risco de enchente pela cheia do rio Itapecuru, em Caxias

O nível chegou a 5m nesta terça-feira (11), faltando um metro para a cota máxima.

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h39
Famílias deixam suas casas por risco de enchente. Foto: Divulgação/Prefeitura de Caxias.

CAXIAS - As primeiras famílias começaram a ser auxiliadas na retirada dos pertences nas residências do bairro Galeana, que estão em uma área que geralmente fica, completamente, alagada durante o período chuvoso. Dez famílias já saíram do bairro.

O nível chegou a 5m nesta terça-feira (11). O volume de água do Rio Itapecuru tende a subir nos próximos dias, por conta da intensidade das chuvas na cabeceira. Este ano, o período chuvoso foi antecipado em, aproximadamente, dois meses.

Bairro Galeana, em Caxias, tem histórico de enchentes. Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante.
Cheia do Rio Itapecuru pode causar enchente no bairro Galeana. Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante.

Equipes da Defesa Civil do município de Caxias alertam e orientam os moradores para saírem do bairro, mas ainda há resistência mesmo sendo cíclica essa situação de possível enchente. Ao todo, há 245 famílias em áreas de risco na cidade.

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Algumas escolas da rede pública municipal foram preparadas para servir de alojamento para famílias que deixam suas residências. Todos os anos é feito o trabalho de orientação da enchente.

A cota máxima pra haver inundação é de 6 m, mas há probabilidade do nível do Itapecuru chegar a 7m em Caxias. A última enchente mais grave foi em 7,53.

A Defesa Civil de Caxias pode ser acionada por meio do Corpo de Bombeiros pelo número 193.

Segundo o site ClimaTempo há 90% de chance de chuva nesta terça em Caxias. A previsão é de sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de nublado, com chuva a qualquer hora. As temperaturas variam entre 24ºC e 31ºC.

Cheia do rio Itapecuru atinge várias cidades do Maranhão. Foto: Divulgação/Prefeitura de Caxias.

Ao Imirante.com, por meio de nota, a prefeitura de Caxias informou que realiza um trabalho preventivo em todas as áreas consideradas de risco no município e tem um mapeamento de 245 famílias, que são monitoradas e acompanhadas, por meio da Defesa Civil e da Assistência Social.

Ainda segundo a nota, por causa das cheias do rio Itapecuru, que já atingiram outros municípios, a prefeitura orienta os moradores dos bairros Galeana, Salobro, Ponte e São Pedro a deixarem as suas casas, já que a previsão é de que o nível do rio chegue a seis metros, na tarde desta terça-feira.

Também de acordo com a prefeitura de Caxias, 10 famílias já foram retiradas pela Defesa Civil Municipal do bairro Galeana e encaminhadas para casas de familiares. Quatro abrigos provisórios já foram preparados para receber as famílias desalojadas ou desabrigadas.

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Leia a íntegra da nota

"A Prefeitura de Caxias informa que realiza um trabalho preventivo em todas as áreas consideradas de risco no município e tem um mapeamento de 245 famílias, que são monitoradas e acompanhadas, por meio da Defesa Civil e da Assistência Social.

Por causa das cheias do rio Itapecuru, que já atingiram outros municípios, a Prefeitura vem orientando os moradores dos bairros Galeana, Salobro, Ponte e São Pedro a deixarem as suas casas, já que a previsão é de que o nível do rio chegue a 6 metros, hoje (11) à noite.

Dez (10) famílias já foram retiradas pela Defesa Civil Municipal do bairro Galeana e encaminhadas para casas de familiares. 4 abrigos provisórios já foram preparados para receber as famílias desalojadas ou desabrigadas.

O nível do Rio Itapecuru está em 5.9 metros acima do normal, o que já é considerado cota de enchente para o município. O rio deve seguir uma elevação gradual nas próximas horas, podendo chegar a 7,62m."

Chuvas intensas no Maranhão

As chuvas foram muito volumosas nos últimos dias sobre o Maranhão, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Essas precipitações extremas são causadas pelas atuações de corredores de umidade constantes na região. Foram na média sete (07) zonas de convergência do Atlântico Sul (ZCAS) desde o início da primavera de 2021.

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ocorre durante a primavera e o verão, ou seja, está mais presente na monção de verão da América do Sul. A maior quantidade de ocorrência são em anos de La Niña, que é o resfriamento das águas da faixa equatorial leste do Oceano Pacífico.

Além disso, a temperatura da superfície do Oceano Atlântico está mais aquecida que o normal na altura do Espírito Santo e no Nordeste, e mais fria do que a média na altura de parte do Sudeste.

Esta diferença da temperatura da superfície do mar entre duas áreas é chamada de gradiente, e deixa as frentes frias estacionadas com mais frequência entre a costa do Rio De Janeiro, do Espírito Santo e a da Bahia, colaborando para a formação das ZCAS.

*Matéria atualizada às 12h54 para acréscimo de nota da prefeitura de Caxias.

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