BRASÍLIA - Em pronunciamento no Plenário nesta sexta-feira (12), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) é alvo de perseguição política por defender anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Girão criticou a análise de uma possível suspensão de mandato no Conselho de Ética da Câmara. A ação, por Van Hattem ter ocupado a Mesa da Câmara em agosto, é conduzida de forma acelerada, segundo o senador.
“A perseguição é meramente política, por ele defender a anistia, combater a injustiça que está acontecendo com milhares de brasileiros de bem”, disse Girão, acrescentando que o deputado nunca foi suspeito de "corrupção, de desvio de emenda, de coisa errada".
Senador diz que Brasil enfrenta deterioração das relações entre os Poderes
O senador afirmou ainda que o Brasil enfrenta uma deterioração das relações entre os Poderes, com concentração de decisões no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar disse que o Senado tem sido anulado por atos da Corte e defendeu que a Casa reassuma seu papel constitucional para conter o que classificou como “abusos” do Judiciário. Ele cobrou da Presidência do Senado o andamento aos pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
Girão criticou ainda a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que ordenou a posse do suplente da deputada Carla Zambelli, após o Plenário da Câmara rejeitar a cassação. Para o senador, o episódio revela um conflito entre os Poderes.
Girão diz que STF vai "acabar com o Brasil"
“Se o Senado não parar o Supremo Tribunal Federal, o Supremo Tribunal Federal vai acabar com o Brasil. Estamos numa ditadura flagrante, em que se perdeu o pudor. E alguém precisa avisar para os poderosos de plantão que anularam esta Casa que não tem sentido a gente existir aqui, enquanto eleitos pelo povo, quando uma decisão soberana do Plenário é anulada numa canetada”, afirmou.
Girão disse ainda que Alexandre de Moraes é "aquele menino que quebra a vidraça, mas tem aquela turma que fica dando corda, que dá ideia. Ele é o que executa, mas tem uma turma: é o sistema, é o regime. Lula e STF trabalham juntos".
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