BRASÍLIA – O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu o julgamento do recurso apresentado pelo senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), que tenta reverter a decisão que o tornou réu por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Com o pedido de mais tempo para análise, o julgamento virtual foi interrompido e ainda não há data para retomada.
Placar está 4 a 0 contra Moro
Antes da suspensão, o placar do julgamento estava 4 a 0 pela rejeição do recurso do senador. Já haviam votado nesse sentido a relatora, ministra Cármen Lúcia, e os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
A tendência, até o momento, é que o plenário virtual mantenha a decisão que levou Moro a se tornar réu no Supremo.
Entenda o caso que está sendo julgado no STF
A denúncia foi feita com base em vídeo no qual o ex-juiz da Operação Lava Jato apareceu em uma conversa com pessoas não identificadas durante uma festa junina, ocorrida em 2022, e afirmou: "Isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.
A PGR entendeu que a frase configurou o crime de calúnia, por atribuir falsamente a prática de corrupção a um ministro do STF.
Moro reconhece que foi ‘infeliz’ atribuir corrupção a Gilmar Mendes, diz advogado Luiz Felipe Cunha
Durante o julgamento que tornou o senador réu, o advogado Luiz Felipe Cunha, que representa Moro, pediu a rejeição da denúncia e afirmou que o parlamentar já havia se retratado publicamente.
“Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, de festa junina, meu cliente fez uma brincadeira sobre eventual compra da liberdade dele, caso fosse preso naquela circunstância”, afirmou o defensor.
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