Desgaste

STF torna pública ata de audiência na qual Mauro Cid confirma termos da delação premiada

Mauro Cid foi preso nesta sexta-feira depois de repercutir áudio em que ele disse ter sido pressionado a montar versão em investigação da Polícia Federal.

Ipolítica, com informações do STF

Mauro Cid atuou como ajudante de ordens de Bolsonaro (Lula Marques / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública na noite desta sexta-feira (22) a ata de audiência de Mauro Cid, na qual ele confirmou aceitar os termos de sua delação premiada.

A divulgação ocorreu horas depois de ter vazado áudios de Mauro Cid afirmando ter sido coagido a participar de uma narrativa já montada pelos investigadores e pelo ministro Alexandre de Moraes, para supostamente incriminar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). 

Ao divulgar a ata, Moraes falou na necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade da colaboração.

“Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/3/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria-Geral da República e dos defensores”, afirmou o ministro em decisão.

Preso

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Mauro Cid foi preso logo nesta sexta-feira, logo após a repercussão de suas declarações a respeito suposta montagem de versão nas investigações da Polícia Federal. 

Nos áudios, Cid dizia que a Polícia Federal, nas audiências da delação, queria que ele desse uma determinada versão dos fatos. "Queriam que eu [Cid] falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”. Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso, ocasião.

Afirmou que não há mais lei no país. Que a lei seria o próprio Alexandre de Moraes.

Ontem, contudo, na audiência que antecedeu a sua ida à prisão, ele negou que tenha sofrido pressão de autoridades no processo.
 

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