BRASÍLIA - O referendo realizado no último domingo (3) pela Venezuela para anexar ao país o território Essequibo, pertencente a Guiana, foi considerado ilegal pela Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O entendimento surge como um recado à Venezuela, que vive sob o regime liderado por Nicolás Maduro. Esseqquibo tem reservas de Petróleo e nos últimos anos foi o país que mais cresceu na América Latina.
O petróleo é justamente o que busca a Venezuela, que vive grave crise financeira, econômica e social nos últimos anos, com milhares de cidadãos deixando o país por causa da fome e da miséria.
Para a OEA, o referendo realizado por Mauro além de ilegal, é ilegítimo. A Secretaria-Geral da organização é liderada por Luis Almagro.
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Almagro emitiu comunicado e denunciou a "posição agressiva" do governo venezuelano em relação à Guiana e assegurou que as crescentes tensões entre os dois países são "preocupação para a segurança regional" e ameaçam a "estabilidade e a soberania territorial" no continente.
Venezuela possui estrutura militar 50 vezes maior que a Guiana. Analistas acreditam que se o país declarar guerra e invadir a Guiana, eles conseguirão provocar uma devastação no país.
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Essequibo possui 70% do território da Guiana. Por isso a preocupação internacional.
Referendo
O referendo realizado por Maduro, e no qual a maioria dos cidadãos votou a favor da anexação do Essequibo à Venezuela, representa, segundo a nota da OEA, "mais uma vez" o uso "antidemocrático" dos "processos democráticos" por parte de Maduro.
"As recentes ações adotadas pelo regime na Venezuela não só colocam em perigo o desenvolvimento e a estabilidade da Guiana, mas representam risco mais amplo para a segurança da América Latina e do Caribe", denunciou a liderança da OEA.
Almagro fez um apelo ao Conselho Permanente da organização, para que o mesmo convoque reunião especial para "discutir possíveis medidas a fim de mitigar" as tensões entre os dois países sul-americanos.
A Venezuela, que apresentou um pedido formal para deixar a OEA em 2017, não tem representação na organização.
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