BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) foi convocado para reunião pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio, para discutir ações integradas na área de segurança pública.
Pressionado, o comunista, que já foi governador do Maranhão, lança o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas nesta segunda-feira, depois de Rui Costa ter afirmado que as ações na área estão desarticuladas.
Rui Costa afirmou a O Globo que é preciso haver mais sinergia entre Flávio Dino e José Múcio e disse que o seu papel no atual cenário é articular e integrar os dois ministérios.
Flávio Dino comanda a pasta de Segurança Pública - alvo de um pedido de desmembramento pelo PT -, e tem concentrado holofotes e ao mesmo tempo, acumulado desgastes na sua gestão.
Para o ministro da Casa Civil, Flávio Dino e José Múcio precisam discutir ações conjuntas. Isso porque até o momento, segundo Rui Costa, o governo desarticulado no setor, o que favorece o crescimento e a ação do crime organizado.
“Vamos organizar ações com os ministros Dino e Múcio. Ações voltadas ao controle de armas e drogas, nas fronteiras, nos aeroportos e nos portos. A gente não pode permitir que, enquanto nosso adversário, que é o crime organizado, está organizado nacionalmente, nós estejamos desintegrados e desarticulados. Precisa colocar todo mundo junto. Meu papel é mais de articulação e integração”, disse.
Continua após a publicidade..
Leia também: Congresso de extrema-esquerda do PSOL acaba em pancadaria
Telhado de vidro
Apesar de apontar as ações de segurança pública do governo como desarticuladas, Rui Costa atuou até dezembro do ano passado como governador da Bahia, estado campeão em mortes violentas em 2022 em números absolutos, com 6.659 casos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
No atual cenário o estado está sob o comando de Jerônimo Rodrigues, petista que é afilhado político do ministro da Casa Civil. Bahia vive uma crise na segurança e registrou apenas em setembro deste ano, 52 mortes praticadas por policiais.
Os números da violência na Bahia constrangem e são alvo de críticas no PT. A avaliação é que as ações da polícia do estado contrariam as bandeiras históricas de defesa dos direitos humanos do partido. Flávio Dino afirmou que conversou com Rodrigues, que atribuiu a crise ao fortalecimento das organizações criminosas, com a presença mais intensa de facções de São Paulo e Rio.
Parte do PT defende o desmembramento do Ministério da Justiça, com uma pasta voltada somente para a Segurança Pública. Essa ala defende que a medida deixaria clara a prioridade do governo em relação ao tema. Já o PSB, partido de Dino e do vice-presidente Geraldo Alckmin, argumenta que a área já é central na atual configuração.
Saiba Mais
- Flávio Dino mantém suspensão de emendas parlamentares
- Justiça condena mulher por injúria contra seguranças de Flávio Dino
- Flávio Dino determina recolhimento de livros acadêmicos
- Flávio Dino estende prazo para Controladoria-Geral da União
- Dino estende prazo para CGU apresentar dados sobre emendas pix
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias