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Lula busca mulher para substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça

Flávio Dino deve ser indicado para a vaga de Rosa Weber no STF, por isso a busca por mulher que poderá ocupar o lugar do maranhense no Ministério da Justiça.

Ipolítica, com informações da Folha de S. Paulo

Flávio Dino tem nome cotado para assumir vaga no STF (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), busca nos bastidores uma mulher para ocupar o lugar do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

Dino é o principal cotado no governo para ser indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF) - com a vaga que aberta após a aposentadoria da ministra Rosa Weber -. Por isso a concentração de Lula num nome de confiança para a titularidade no MJ. 

São os próprios aliados de Lula que afirmam que ele pretende nomear uma mulher para o posto hoje ocupado pelo maranhense. Jamais uma pessoa do sexo feminino ocupou a pasta. O feito, portanto, seria inédito. 

Com a movimentação, o petista pretende amenizar o desgaste provocado com a substituição de comando no Ministério dos Esportes, quando ele trocou a ex-campeã de voleibol Ana Moser pelo deputado federal André Fufuca.

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Time de Dino

Apesar disso, enquanto a equipe de Lula se dedica à busca de uma mulher para a função, são homens do governo que tentam viabilizar sua ascensão ao topo do Ministério da Justiça.

E isso ocorre justamente dentre aqueles que compõem a equipe de Flávio Dino. O secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho; o secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli; e o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, são alguns dos nomes que tentam viabilizar ascensão no governo Lula.

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Apoiadores de Botelho exaltam seus mais de 20 anos de experiência na área jurídica e lembram que Cappelli não tem formação nesse campo. Além de ressaltar a retórica de Botelho, seus simpatizantes afirmam que uma opção por Cappelli representaria uma inusitada nomeação de um jornalista para o comando da Justiça.

Já os aliados de Cappelli lembram que ele tem especialização em administração pública e enaltecem sua atuação como interventor no Distrito Federal. Atualmente, Cappelli ocupa o cargo de secretário executivo no Ministério da Justiça e é considerado homem de confiança de Dino. Foi por recomendação do ministro que Lula o nomeou como interventor após a invasão dos bolsonaristas às sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro.

Botelho ocupa atualmente a posição de secretário nacional de Justiça, encarregado de coordenar a política de Justiça por meio da colaboração entre os âmbitos federal, estadual e municipal.

Essa secretaria desempenha um papel central na formulação da política migratória e atua como ponto de conexão com outras entidades do sistema de Justiça. Ele ajudou, por exemplo, na obtenção do vídeo relacionado às hostilidades contra o ministro Alexandre de Moraes em Roma.

Amigo de Lula, Damous é secretário do Consumidor, que opera em estreita colaboração com os Procons, o Ministério Público, a Defensoria Pública e organizações da sociedade civil dedicadas à defesa do consumidor. Durante a atual gestão, a secretaria atuou na crise relacionada às práticas das plataformas digitais no contexto do projeto de lei das Fake News.

Apesar de sua atuação em defesa de Lula, Damous não teria a mesma autoridade e eloquência de seus colegas de ministério, segundo apoiadores de Botelho e Cappelli.

Damous, Botelho e Cappelli foram procurados pela Folha, mas não se manifestaram sob argumento de que não existe disputa pelo cargo e que Dino nem foi indicado para o Supremo.

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