Presidente da CPMI nega pedido da oposição e descarta saída de Eliziane Gama da relatoria
A justificativa usada pelos parlamentares foi o diálogo entre o ex-ministro, Gonçalves Dias que teve um suposto encontro com um assessor da senadora antes de seu depoimento. O presidente da Comissão, Arthur Maia (União-BA), negou a solicitação.
BRASÍLIA- Parlamentares da oposição pediram nesta terça-feira (19) o afastamento da relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), sob a justificativa de parcialidade por parte da senadora. O presidente da Comissão, Arthur Maia (União-BA), negou a solicitação.
A justificativa usada pelos parlamentares foi o um suposto encontro entre o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias e um assessor da senadora antes de seu depoimento no último dia 31 de agosto. Eliziane Gama negou ter conversado com G. Dias antes da oitiva ou ter combinado perguntas. Também disse desconhecer qualquer contato de pessoas de seu gabinete com o general ou sua família.
"A conduta de um relator que possa comprometer a imparcialidade e a integridade de uma investigação pode ser questionada com base em princípios éticos e nas regras gerais de funcionamento das Casas Legislativas", disse Izalci Lucas (PSDB-DF).
E completou: "Apresento questão de ordem para suscitar a suspensão da relatora dessa comissão parlamentar, uma vez que sua imparcialidade resta comprometida, e, por conseguinte, promover o afastamento".
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O presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), negou ter poder para decretar o afastamento de Eliziane e acusou os solicitantes de tentar pôr a "opinião pública" contra ele. “Eu não posso me arvorar a tomar para mim poderes que eu não tenho – não tenho esse hábito. “O que vossa excelência [Izalci] está fazendo é um discurso político contra mim para querer cobrar de mim algo que eu não tenho poder para fazer. Vossa excelência faz aí um malabarismo jurídico para dizer que eu tenho um poder que, na verdade, eu não tenho”, disse Maia.
A senadora maranhense, por sua vez, classificou o movimento como "manobra" e afirmou que o pedido não se sustenta.
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