BRASÍLIA- Com a homologação do acordo de delação premiada de Mauro Cid pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os próximos passos passam a ser a comprovação de provas e checagem de depoimentos fornecidos por Cid.
Conforme informações da jornalista Daniela Lima, da GloboNews, fontes que estão acompanhando a investigação. Na nova fase, as chamadas "diligências complementares", realizadas para robustecer ou derrubar relatos feitos pelo delator, também entram em cena.
Muito se especulou sobre os impactos da delação de Mauro Cid sobre Bolsonaro e seu entorno político, pois o ex-ajudante de ordens está sendo investigado em três frentes que podem atingir diretamente o ex-presidente: fraude em cartão de vacina, desvio de presentes dados pelo governo saudita e a articulação para tentar um ataque contra o Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten afirmou que não pretende acionar o Ministério Público para contestar a delação. Ele disse ainda que está “totalmente no escuro”.
“A gente está totalmente no escuro em relação a isso. A gente não tem nenhuma informação, não sabe o que vai sair disso. A mídia divulgou que a gente é contra a delação. Mas a gente não tem informação nenhuma”, disse.
Delação de Mauro Cid
No sábado (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de delação premiada feito por Mauro Cid junto à Polícia Federal.
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Na decisão, o ministro determinou ainda algumas medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, e ainda afastamento das funções no Exército.
A delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é sobre o inquérito que apura supostas milícias digitais que teriam a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito. O acordo engloba ainda o suposto esquema para desvio de presentes recebidos pelo governo na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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