Investigação

8 de janeiro: presos PMs que deram ordens para tropa recuar

PMs teriam impedido o avanço da Tropa de Choque em direção aos radicais que invadiam as sedes dos Três Poderes no Distrito Federal.

Ipolítica, com informações do g1

Atualizada em 23/05/2023 às 09h00
Radicais invadiram as sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA - Oficiais da Polícia Militar (PMs) que deram ordens para a Tropa de Choque recuar durante a invasão de radicais às sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro no Distrito Federal, foram presos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (23).

São pelo menos dois militares com pedido de prisão preventiva já cumpridos pela PF. Há ainda quatro pedidos de busca e apreensão em curso. 

Um dos PMs alvo da operação da PF é o major Flávio Silvestre de Alencar, que chegou a ser preso na 5ª etapa da investigação. De acordo com a PF, foi dele a ordem para que a tropa recuasse na ocasião da invasão de manifestantes na sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PF, o objetivo dessa fase da investigação é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os ataques na capital.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de: abolição violenta do estado democrático de direito; golpe de estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Ainda não foram divulgadas as identificações de todos os PMs.

'Lesa Pátria'

Na 11º fase da operação, deflagrada em 11 de maio, foram realizados 22 mandados de busca e apreensão relacionados a suspeitos de financiar os atos golpistas. As buscas aconteceram em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Entre os alvos, estavam empresários, produtores rurais e CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos). Segundo a PF, a Justiça determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões.

Ainda de acordo com a PF, nas dez etapas anteriores da Operação Lesa Pátria, foram cumpridos: 65 mandados de prisão preventiva (sem prazo definido); 4 mandados de prisão temporária (com prazo determinado); 174 mandados de busca e apreensão e 17 instaurações de inquérito policial.

Réus

Na última sexta-feira, o STF formou maioria para tornar réus mais 250 pessoas que participaram dos atos de 8 de janeiro. O julgamento ocorre pelo plenário virtual da corte.

Votaram para receber as acusações da Procuradoria Geral da República (PGR) os ministros Alexandre de Moraes (relator), além dos seguintes ministros: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O ministro Nunes Marques votou contra a aceitação da denúncia.

Foi é o quinto lote de análise de denúncias oferecidas pela PGR relativas aos ataques do 8 de janeiro. A votação começou na terça-feira (16).

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