BRASÍLIA - Banqueiros trabalham nos bastidores para amenizar o desgaste entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o Banco Central. Na próxima quinta-feira o ministro participará de uma reunião junto ao Conselho Monetário Nacional, que integra representantes do BC.
O presidente do BC, Roberto Campos tem reagido forte à possibilidade de o governo do presidente Lula (PT) desconstruir a autonomia da instituição.
A postura de Roberto Campos é uma resposta às duras críticas do presidente Lula, o que fez com que investidores internacionais adotassem maior cautela em relação à possibilidade de novos aportes investimentos no país.
A crise entre o Governo Federal e o Banco Central acaba atingindo o mercado.
Ao jornal Folha de S. Paulo, um dos banqueiros que trabalham nos bastidores para tentar a pacificação relatou que Campos Neto sinalizou que sua ideia não é levar o país à recessão, mantendo os juros nas alturas. A expectativa é que, depois das medidas anunciadas por Fernando Haddad em relação ao déficit fiscal, os juros possam baixar já nos próximos trimestres.
"O Banco Central muitas vezes precisa latir alto para atuar com suavidade porque, se latir baixo, vai ter que atuar com maior dureza", afirmou o banqueiro ao veículo.
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Ele disse que já procurou Fernando Haddad para afirmar que há boa vontade do presidente do BC para um diálogo.
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Negou
Na semana passada, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não há, no governo federal, "qualquer discussão" para alterar a lei que conferiu autonomia ao Banco Central.
A declaração ocorreu depois de Lula ter criticado a atuação do BC, principalmente sobre a manutenção da taxa de juros em 13,75%. O presidente também chegou a dizer que a independência do Banco Central é "bobagem", o que provocou reação negativa no mercado financeiro e à economia do país.
A independência do BC foi estabelecida, por meio de lei, em 2021. A norma foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.
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