Sobrevivente

Menina que perdeu família em tragédia no Rio deve ser criada pelos avós no Maranhão

A família de maranhenses morreu no desabamento de dois prédios no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (12).

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h13
A menina ainda não sabe da morte da família. (Foto: Arquivo Pessoal)

SÃO LUÍS - A menina Isabele, de 4 anos, que perdeu o pai, a mãe e o irmão no desabamento de dois prédios na última sexta-feira, na Muzema, Zona Oeste do Rio de Janeiro, deve ser criada pelos avós no Maranhão. A menina ainda não sabe da morte da família.

“Os dois avós maternos, lá no Maranhão, querem que ela vá embora do Rio. Eu vou viajar para lá amanhã (terça-feira). Vamos tentar reunir a documentação necessária para que ela vá junto comigo. O Hilton era uma pessoa de um coração gigante, era um homem perfeito, bondoso e que vivia para a família. Era muito do bem. Foi uma perda sem tamanho”, lamentou a comerciante Marines Rodrigues, prima de Hilton Berto, em entrevista ao Extra.

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Segundo a prima de Hilton Berto de Souza, foi ele quem salvou a filha da tragédia, pois, ao perceber que o prédio estava desabando, o homem levou a menina para a rua. Depois, Hilton Berto voltou para o prédio, talvez na tentativa de ajudar a mulher e outro filho, mas acabou morrendo. Os bombeiros acharam o corpo de Hilton junto com o da mulher Maria Nazaré, e do filho, Hilton Guilherme Sodré.

Os corpos das vítimas ainda não foram liberados para o enterro, que será na cidade de Pinheiro no Maranhão, pois a família estava aguardando o governo do Maranhão enviar a segunda via da carteira de identidade de Hilton. O documento chegou no Rio de Janeiro, no início da tarde desta segunda (15), e os corpos devem ser liberados em breve.

Após sair do Maranhão e ir com a família para o Rio, Hilton Berto, segundo amigos, juntou as economias de 7 anos de trabalho como lanterneiro para comprar um apartamento no 4° andar do Condomínio Figueira do Itanhangá, um dos prédios que desabou.

Sobre a tragédia

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A tragédia no Rio de Janeiro deixou, até agora, 11 pessoas mortas, outras 10 foram retiradas dos escombros com vida e há treze pessoas desaparecidas.

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Os prédios desabaram na manhã da última sexta-feira (12). A 16ª DP, na Barra da Tijuca, é responsável pelas investigações sobre as causas da tragédia e tenta identificar os responsáveis pela construção, que seriam de milicianos. Segundo a polícia, os sobreviventes serão ouvidos assim que estiverem em condições de falar.

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