Fraude

Cuidado: nova fraude é feita por meio do WhatsApp

Bandidos utilizam chips clonados para invadir perfis de usuários e pedir dinheiro.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
A mulher, que não sabia estar sendo vítima de um golpe, depositou o dinheiro e, logo depois, ficou sabendo da farsa. (Foto: Divulgação )

BRASÍLIA – Esta semana, uma usuária do WhatsApp, em Brasília (DF), registrou queixa na delegacia após afirmar ter sido vítima de um golpe. Uma mulher que preferiu não se identificar relata que uma amiga perguntou em um grupo no aplicativo de mensagens “se alguém estaria próximo ao computador”, ela prontamente respondeu que “sim” e que poderia ajudar a amiga.

O que a moça não sabia era que não estava comunicando-se com a amiga, mas com um bandido que havia clonado o celular dela. O bandido pediu que ela depositasse o valor de R$ 2 mil em uma conta, afirmando que a senha da internet estava bloqueada. A mulher, que não sabia estar sendo vítima de um golpe, depositou o dinheiro e, logo depois, ficou sabendo da farsa. “Não deu para desconfiar porque era o perfil verdadeiro da minha amiga. Mas, se tivesse tido tempo ou um pouco mais de atenção naquela hora, não cairia (no golpe)”, afirma.

Esta se trata da mais nova fraude tecnológica sofrida por usuários de aplicativos para smartphones no Brasil. Criminosos adquirem o chip de um determinado cliente de operadora de celular e invadem o aplicativo de mensagens. O crime é praticamente impossível de levantar suspeitas, além de não “explorar” tanto as vítimas, já que os valores não passam de 2 ou 3 mil reais.

A polícia orienta que deve ser feito o registro do Boletim de Ocorrência (BO), para que o caso possa ser investigado a fundo e para a polícia poder ter um parâmetro de quantas pessoas sofreram o golpe. As vítimas de Brasília registraram ocorrência na 5ª DP (Área Central) e foram informadas que outras pessoas haviam caído no mesmo golpe recentemente.

No Maranhão, esse tipo de crime também já foi registrado. Um internauta, que prefere não se identificar, afirma que quase caiu no golpe. Só não foi lesado, pois, suspeitou da forma como seu amigo estava falando com ele. Assim como em Brasília, o internauta aqui do Maranhão também registrou queixa na delegacia.

Como funciona o golpe

Os criminosos compram um chip de um cliente de uma determinada operadora, em uma loja oficial da empresa, utilizando identidades falsas e contando com a ajuda de funcionários da empresa. Os falsários interferem no funcionamento de aplicativos como o WhatsApp e comprometem o funcionamento. Todo esse procedimento é feito em outro Estado, o que dificulta a ação da polícia.

A vítima baixa, novamente, o aplicativo que, por procedimento padrão, pede para digitarem o DDD e o número de telefone para que seja enviado um código de confirmação por SMS. Dessa forma, o código vai direto para o chip clonado que utilizam os dados da vítima para fazer pedidos de transferência de dinheiro a amigos da própria vítima.

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