ARAME - Uma mãe denuncia negligência médica que, segundo ela, decorreu na morte de sua filha, de apenas cinco meses de vida, no último dia 17 de agosto, no município de Arame, distante 476 km de São Luís.
A criança, que era da tribo indígena Guajajaras, foi identificada como Isadora Araújo Sousa Guajajara e teria passado mal após apresentar sintomas de uma suposta alergia. A mãe denuncia que houve negligência tanto no acompanhamento no polo indígena quanto na assistência médica.
Na certidão de óbito da criança consta que a causa da morte foi parada cardíaca não especificada. O bebê começou a passar mal com vômitos no início da manhã do dia 16 de agosto. Os pais da criança saíram da aldeia Santo Antônio, onde moram, e levaram a menina para o Hospital Municipal de Arame.
Maria Ribeiro de Araújo, mãe de Isadora, recebeu um encaminhamento médico para Imperatriz, que devia ser regularizado no Polo de Saúde Indígena de Arame. Ela conta que não teve acompanhamento no polo e retornou ao hospital.
Ainda segundo a mãe da criança, o médico de plantão receitou Azitromicina. Maria comprou o remédio que, segundo ela, foi administrado pelo próprio médico no hospital.
Após a medicação, Isadora não teria reagido bem e, durante a noite, apresentou uma suposta alergia. A mãe relata que ela ficou com o corpo todo inchado e, logo depois, acabou morrendo.
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A pequena Isadora era gêmea de Isabela. Duas horas e meia depois da morte de Isadora, Isabela começou a vomitar. Os pais da criança alegam que, mais uma vez, não conseguiram apoio do polo e foram para Imperatriz por conta própria.
No Socorrinho de Imperatriz, Isabela foi atendida e encaminhada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), após ser diagnosticada com intolerância à lactose.
Após os 22 dias de internação, Isabela recebeu alta e foi com a mãe para a Casa de Saúde do Índio, em Imperatriz, onde estão alojadas. A criança está recebendo acompanhamento nutricional e pediátrico e vai permanecer na casa até que esteja recuperada.
A coordenação do Polo Indígena de Arame informou que a criança era acompanhada semanalmente pela equipe de área, como todas as crianças indígenas das aldeias do município.
Ainda segundo a coordenação, no dia do fato, um técnico de enfermagem também acompanhou o atendimento no hospital. Além disso, foi feito um relatório que deve ser encaminhado ao Distrito Indígena, em São Luís, cobrando investigação da causa da morte.
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