ARAME – A primeira turma do curso Técnico em Agroecologia do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) certificou 153 estudantes no município de Arame, que viveu um momento especial na colação de grau dos alunos.
Na região do município estão localizadas várias reservas indígenas, e a turma do curso em Agroecologia certificou quatro estudantes de origem Guajajara. A cerimônia de certificação foi realizada no Parque da Vaquejada de Arame, seguida pelo Baile de Formatura.
O coordenador geral do Pronera no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Antônio Tomaz Correia, destacou a relevância desse convênio firmado com o Incra, pois possibilitou levar educação ambiental para áreas de assentamento e para pessoas ligadas à agricultura familiar.
“O curso de Agroecologia oferece as ferramentas para que esses alunos possam aplicar o conhecimento recebido na região, já que essa é uma região em que ocorrem muitas queimadas. É preciso ter educação ambiental e focar na sustentabilidade, pois temos a obrigação de manter a nossa terra com qualidade de vida”, disse Tomaz.
Durante o discurso, o diretor do Campus de Buriticupu, Ronald Ribeiro, falou da importância de levar a educação para localidades mais remotas. “A escola é fator extraordinário de transformação. Ao olharmos de forma diferenciada para a educação possibilitamos a inserção desses estudantes no mercado de trabalho. Formandos, vocês são os verdadeiros alicerces de Arame. Lutem para fazer o seu município melhor”, afirmou.
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Com o trabalho de conclusão do curso técnico em Agroecologia, voltado para técnicas de produção de mel de abelha, os estudantes indígenas Jonas Lima Guajajara e Jó Lima Guajajara já puderam aplicar o conhecimento nas aldeias da região. Os estudantes identificaram que as comunidades indígenas realizavam uma retirada predatória do mel nas florestas o que acarretava na morte das colmeias.
“Nós nos identificamos muito com o método de criação de abelhas, já que em nossa região é comum a festa do mel, e como não há uma técnica de retirada desse mel as abelhas acabam morrendo nesse processo”, explicou Jó Lima Guajajara, de 19 anos.
Os estudantes explicam que a aplicação do projeto só foi possível com a autorização do cacique das aldeias. Assim, até o momento, o projeto foi aplicado nas comunidades indígenas de Zutiua, Angico Torto e Barreirinha.
O Pronera faz parte de um convênio entre Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Campus Buriticupu.
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