SÃO LUÍS - Subiu para oito o número de casos de crianças internadas com suspeita de dengue hemorrágica internadas no Hospital Universitário Materno Infantil, da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), no Centro. As informações são do setor de infectologia daquela unidade de saúde. O hospital divulgou que os pacientes são oriundos dos bairros Sacavém, Vila Barroso, Geniparana e de municípios da Ilha de São Luís, além de Primeira Cruz e Nova Olinda do Maranhão. No início do mês, uma adolescente de 12 anos faleceu, vítima da doença, no município de Lago Verde.
As informações divulgadas pelo Hospital Materno Infantil não coincidem com os dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus). Segundo a Prefeitura, até o momento, dos casos de dengue hemorrágica confirmados, apenas um corresponde a uma criança. A incidência se deu nos bairros Sá Viana, Vila Mauro Fecury I, Liberdade, Vila Cascavel, Goiabal, Centro e Parque Vitória. Ano passado, foram registrados 96 casos da doença no total.
Henrique Jorge dos Santos, superintendente do setor de Epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde (SES), confirmou que houve aumento de casos de dengue hemorrágica. “Em municípios do interior e também de São Luís são notificados semanalmente de dois a três casos de dengue hemorrágica. Isso não ocorre só no Maranhão, mas em todo o país.
Está havendo, desde o segundo semestre do ano passado até agora, uma incidência maior de casos graves da doença, o que não ocorria nos anos anteriores. Isso é em decorrência do processo de circulação maior dos três sorotipos (denominados den-1, den-2 e den-3)”, frisou o superintendente.
“A partir desse agravamento, temos que modificar a postura do combate à doença, ou seja, precisamos ter excelência neste trabalho. Não pode mais haver falhas, com muitas casas sem visitas dos agentes de saúde ou mesmo os moradores impedindo as vistorias e até se descuidando das medidas profiláticas, deixando lixo nas casas, plásticos acumulados nos quintais, enfim, propiciando criadouros”, alertou Jorge dos Santos.
DENGUE EM SÃO LUÍS
Pedro Tavares, coordenador do Programa de Combate à Dengue, da Semus, informou que os casos de dengue hemorrágica são registrados somente com base em diagnósticos clínicos, seguidos de exames laboratoriais. “Se não houver confirmação de virologia nem sorologia positiva. Então, para o Ministério da Saúde não é dengue hemorrágica”, frisou.
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Segundo a Semus, a maior incidência de pessoas com dengue, em seu estágio mais comum, chamado tipo 1, concentra-se nos bairros Cidade Operária, Cidade Olímpica, Coroadinho, Centro, São Francisco, Itaqui-Bacanga, Bequimão e Vinhais.
Febre alta, seguida de dor nos olhos, no corpo e nas articulações, acrescidos de aparecimento de manchas avermelhadas na pele, além de náuseas e vômitos, são os principais sintomas da dengue. De acordo com Pedro Tavares, foram 180 casos deste tipo confirmados por laudo laboratorial este ano, um índice muito elevado em relação a 2006 quando houve um total de 126 casos evidenciados da doença.
AÇÃO EDUCATIVA
Com a alta na incidência de casos de dengue na Ilha de São Luís, representantes da área de saúde dos municípios de Raposa, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e da capital uniram-se, ontem, em uma ação educativa na Praça do Viva, no bairro Cidade Operária, no intuito de conscientizar a população sobre os riscos da doença. A ação contou também com a participação de acadêmicos de saúde do UniCeuma.
A ação deve se repetir em ou-tros bairros da Ilha. Em paralelo, estão em campo cerca de 402 agentes de saúde em visitação às residências e locais de possível criadouro do mosquito da dengue, segundo informou a coordenação da Semus de combate à doença.
Segundo alertou O Estado no último dia 18, há riscos de que os casos de dengue clássica avancem para o tipo hemorrágica. “As pessoas que tiveram dengue clássica são mais suscetíveis a contrair o tipo hemorrágica. Então, como ano passado houve um grande número de casos de dengue clássica, queremos evitar que essas pessoas contraiam novamente a doença, que pode avançar para o tipo mais grave”, ressaltou o coordenador Pedro Tavares (Semus).
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