Entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados pelo Ministério da Saúde 279.241 casos de dengue. No mesmo período de 2005, foram 221.109 casos. Ou seja, um crescimento de 26,3%.
A região onde houve maior aumento no número de casos foi a Sudeste: 269%. No Rio de Janeiro, foram aregistrados 29.288 casos neste ano, contra 1.801 em 2005 _ ou seja, 1.526,2% a mais. Em São Paulo, foram mais de 43 mil casos, contra 5,4 mil no mesmo período do ano passado (crescimento de 693,8%).
No Centro-Oeste, o número de registros de dengue subiu 69,9%. O estado que registrou maior aumento foi Mato Grosso do Sul. Neste ano, 13.909 pessoas contraíram a doença. Em 2005, foram 1.973.
No Norte e Nordeste, houve redução no índice.
O Governo federal ainda não considera que está ocorrendo uma nova epidemia da doença, mas já começou a tomar medidas para brecar o avanço do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue.
Cerca de seis mil agentes de saúde de 170 municípios começaram, há cerca de um mês, a mapear os principais focos do mosquito e a orientar a população. Fazem parte desse grupo as cidades que têm maior incidência e maior risco de infestação.
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A partir desta quarta-feira (8), começam a ser veiculadas na rádio e na televisão propagandas com informações sobre a prevenção da doença. E, no dia 18 de novembro, será promovido, em todo o país, o Dia D contra a dengue, em que agentes e médicos intensificam o trabalho de prevenção. “O período de chuvas e temperaturas altas é o mais perigoso para a transmissão da doença”, diz o secretário em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta. Isso acontece porque o Aedes aegypti se desenvolve em água parada e, nessa época, é comum a formação de poças.
Pimenta afirma que existem quatro tipos de dengue no Brasil. “A doença chegou ao país na década de 80 e veio da América Central”, conta. Os primeiros pacientes foram contaminados pela “dengue 1” e desenvolveram imunidade contra ela. Com o passar do tempo, chegaram outros tipos. “Hoje, percebemos que a infecção é maior onde há novos sorotipos. Por isso, temos que estar constantemente em campanha”, explica o secretário. “O paciente desenvolve imunidade contra um tipo, mas está suscetível ao outro.”
Mortes
O número de mortes provocadas pela dengue é o segundo maior da história. Entre janeiro e setembro de 2006, foram 61 casos. Em 2002, quando houve uma epidemia da doença, foram 150 casos.
As mortes são provocadas pela dengue hemorrágica (também identificada pela sigla FHD). Segundo dados do Ministério da Saúde, 34 pacientes morreram em decorrência dessa doença neste ano no Nordeste. No Sudeste, foram 18 vítimas fatais e, no Centro-Oeste, nove.
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