Gabriel Melônio: Tributo à vida e à obra de Elis Regina

Show Elis Encanto será apresentado hoje no Armazém da Estrela.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h53

SÃO LUÍS - O cantor Gabriel Melônio subirá ao palco hoje, a partir das 22h, no Armazém da Estrela (Praia Grande), para mais uma vez homenagear Elis Regina. Este ano, o tributo àquela a quem o maestro Tom Jobim apelidou de Pimentinha foi batizado de Elis Encanto e destacará três momentos da vida e da obra da artista.

Trata-se da comemoração do aniversário da artista que, se viva, completaria, dia 17 de março, 60 anos; 40 anos de sua participação e vitória no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, com a música Arrastão, e dos 30 anos do show Falso Brilhante. “São números redondos, significativos da carreira de Elis Regina”, salienta Melônio.

No show, que deverá durar 1h30, o maranhense promete emocionar os presentes cantando sucessos como Nossos Pais, Fascinação, Arrastão, Falso Brilhante, Atrás da Porta, Rebento e Águas de Março. Ao todo, serão 17 músicas, grandes sucessos na voz de Elis Regina.

Para acompanhar o intérprete, os músicos Luís Júnior (violão) e Carlinhos Carvalho (teclado). A idéia, conforme Gabriel Melônio, é imprimir a atmosfera voz e piano, com o qual a cantora costumava se apresentar ao lado do marido, César Camargo Mariano.

Há 18 anos fazendo o tributo a Elis Regina, o intérprete maranhense afirma que, além de cantar suas músicas, ele também contará aspectos da trajetória da artista. “Vou falar um pouco do que sei a respeito dela, de suas músicas, enfim do que venho juntando ao longo do tempo”, atesta o cantor, que possui quase toda a discografia de Elis, além de revistas e publicações sobre a artista.

Melônio começou os tributos anuais a Elis Regina em 1986, quando estreou o show Uma Noite Com Elis. No ano seguinte montou Saudades de Elis. A seqüência de shows foi retomada apenas em 1990 com Eterna Elis. Nos anos que se seguiram ele apresentou Sempre Elis (1991); Elis Aniversário (1992); E Por Falar em Elis (1993); Elis Lembrança (1994); Elis – 17.03.1945 (1995); Elis Brilhante (1996); Gracias, Elis (1997); Elis Saudades (1998); Elis, Elis (1999); Elis, Brasil (2000); Estrela Elis (2001); Elis Especialíssima (2002); Elis Inesquecível (2003) e Elis, O Mito (2004).

Paixão

Segundo Gabriel Melônio, a paixão pelo repertório da intérprete de O Bêbado e o Equilibrista começou no início da década de 60, quando ele a ouviu cantar pela primeira vez. “Foi a música A Virgem de Macarenha, na antiga Rádio Ribamar, eu me encantei com a voz dela e passei a acompanhar tudo o que podia pelo rádio e pelas revistas pois não tínhamos TV naquele tempo”, recorda o artista.

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Sempre que homenageia Elis, Gabriel Melônio tenta passar ao público toda a emoção interpretativa que marcou a carreira da cantora. No palco, durante os tributos, o maranhense lança mão de todas as influências exercidas por Elis em sua própria carreira.

Para Gabriel, todo o repertório da cantora é excepcional. “Ela era muito exigente, gravava exaustivamente suas músicas e primava pela qualidade em tudo, como diz o seu filho João Marcelo, se fosse nos dias de hoje, ela provavelmente não teria espaço”, frisa.

Trabalhando com arranjadores como Chiquinho Morais, Erlon Chaves e Ronaldo Bôscoli, a Pimentinha marcou a história da Música Popular Brasileira. “A Elis tem um público fiel, composto não só por quem viveu sua carreira, mas também por jovens que admiram o trabalho dela”, observa.

Para Melônio, a imagem e a obra da artista são lembradas diariamente. “Basta ver a novela Senhora do Destino e ouvir a voz de sua filha, Maria Rita, interpretando o tema da abertura”.

Elis

Elis Regina morreu em 19 de janeiro de 1982, aos 37 anos, em São Paulo. Desde criança gostava de cantar, tendo começado em um programa dominical de canto. Logo aos 13 anos, seu talento precoce a levou a ser reconhecida em sua cidade natal, Porto Alegre (RS) e aos 20 anos já era famosa.

No início da carreira, Elis Regina procurava imitar uma das maiores cantoras brasileiras, Ângela Maria. De personalidade forte e explosiva, Elis teve uma vida pessoal tumultuada, mas muitas amizades valiosas, como o cantor Jair Rodrigues.

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