IMPERATRIZ – Capaz de fazer qualquer esforço em benefício dos filhos, a mãe, também, tem suas fraquezas e limitações e precisa de ajuda. Este foi o pensamento que norteou a criação do Clube de Mães, uma entidade autônoma fundada no Rio de Janeiro na década de 1970, que chegou a Imperatriz um ano depois por meio da Igreja Católica.
Mãe de um casal de filhos, Matilde Rosa Diniz Pontes se diz feliz em participar de um dos grupos de mães da cidade. Dentre as atividades desenvolvidas pela entidade está o acompanhamento e apoio às participantes.
“No nosso grupo, sempre que tem uma mãe doente vamos visita-la. Se precisar de alguma coisa como remédios ou alimentação nos dispomos a ajudar”, revela. Geralmente elas fazem campanha de arrecadação nas comunidades a quais fazem parte e entre elas próprias.
Matilde Diniz ressalta que os grupos menores seguem calendário comum e são coordenados pela central que faz reuniões mensais com os coordenadores para avaliações e planejamentos.
“Em todos os grupos a participação é aberta, se a mãe vai e se sente bem, pode continuar indo para as reuniões”, ressalta Matilde, que esclarece “de preferência a mulher é mãe a partir de um filho. Se está grávida, ainda, não é considerada mãe”.
Não há limite de idade para participação nos grupos, mas em comum as mães que frequentam as reuniões têm a faixa etária de 35 anos a 78 anos.
“Nunca aconteceu de uma mãe mais jovem, de menos de 35 anos, participar, mas se quiserem podem. Nossa mãe mais idosa tem 78 anos, inclusive muito lúcida e ativa”, completa.
Preocupada em conhecer mais a história e a missão do Clube de Mães, a atual presidente da diretoria central, Conceição Formiga fez um artigo acadêmico no qual recorreu a arquivos, Ata de fundação dentre outros recursos. Ele descobriu que são quatro os pilares de sustentação da entidade.
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“A primeira coluna é a cidadania em que pedimos nas palestras que as mulheres cuidem da cidade; a segunda coluna é o trabalho porque mulheres trabalham fora ou em casa para ajudar o marido; a terceira é o lazer porque, como nossos maridos, também, precisamos de momentos de emoção, brincadeiras e nesse lazer fazemos passeios e piquenique e o último é a espiritualidade que nos motiva para a vida”, explica Conceição Formiga.
A fundação em Imperatriz se deu no dia 26 de maio de 1971, e a partir dai o Clube de Mães vem desenvolvendo ações em prol de melhor qualidade de vida das mães.
Desde a fundação foi pelo frei Dom Marcelino Bícego, a entidade recebe um apoio da Igreja Católica, principalmente, por ter seus grupos criados nas paróquias, mas Formiga explica que o Clube de Mães é uma entidade autônoma, uma espécie de Organização Não-Governamental (Ong).
“Não temos convenio com o governo, temos uma ligação com a Igreja Católica, mas a administração é autônoma. Na maioria das pastorais da igreja, os integrantes escolhem o coordenador e o bispo autoriza, mas no Clube de Mães fazemos nossa eleição e o bispo não intervém”, ressalta.
A diretoria central da entidade tem sede própria, um imóvel em bairro nobre, e reúne centenas de associadas que contribuem mensalmente com R$ 2. “É pouco, mas é o que temos para nossas atividades”, reconhece Formiga.
A entidade oferece às associadas cursos de formação profissional como corte e costura, bordado entre outros.
“O Clube de Mães é minha família, quando entrei aqui eu sabia um pouquinho de artesanato. Hoje sou uma artesã, graças a Deus e tenho uma lojinha”, reconhece Clarice Barbosa de Sousa, 71 anos, que é sócia-fundadora do clube na cidade.
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