
BRASIL - Thainá Duarte e Seu Jorge são os protagonistas do aguardado filme "Geni e o Zepelim", uma adaptação da clássica canção de Chico Buarque, lançada em 1978. O longa-metragem, que começa a ser filmado em maio, traz uma história poderosa sobre sacrifício e marginalização, centrada na figura de Geni, uma prostituta que se dedica a salvar sua comunidade, apesar de ser desprezada pela elite local.
Entre o sacrifício e marginalização
Geni, interpretada por Thainá Duarte, é uma personagem que se tornou um símbolo de resistência e luta contra a opressão. A atriz, conhecida por seus papéis em "Cangaço Novo" e "Aruanas", expressou sua empolgação ao interpretar essa figura icônica. "Geni é uma personagem que vive no imaginário coletivo de muitos. Participar de uma releitura de uma das músicas que são parte da trilha da minha vida é uma grande alegria", afirmou Thainá.
Seu Jorge, por sua vez, dará vida ao Comandante Zepelim, um tirano que invade a cidade ribeirinha onde Geni vive, trazendo consigo uma proposta predatória para a Amazônia. A química entre os dois atores promete trazer uma nova dimensão à história, que une elementos de opressão e resistência em um contexto contemporâneo.
Com direção e roteiro assinados por Anna Muylaert, conhecida por seu trabalho em "Que Horas Ela Volta?", o filme é uma produção da Migdal Filmes, em coprodução com Paris Entretenimento e Globo Filmes. As filmagens ocorrerão em Cruzeiro do Sul, no Acre, em meio à Floresta Amazônica, um cenário que, segundo Muylaert, traz uma nova perspectiva à narrativa. "Vejo um paralelo entre a desvalorização do corpo feminino e da floresta, ambos são desrespeitados e explorados, sem pudor", comentou a diretora.
Inspiração
A ideia de adaptar "Geni e o Zepelim" para o cinema surgiu de um insight do filho adolescente da produtora Iafa Britz, que, durante a pandemia, ouviu a canção ao lado dos irmãos e sugeriu que ela poderia ser transformada em um filme. Ao ouvir a música com novos olhos, Iafa percebeu que havia uma narrativa rica e complexa a ser explorada. O diálogo com Chico Buarque foi fundamental, e a abordagem de um final alternativo para Geni foi bem recebida pelo compositor.
A escolha da Amazônia como cenário não é apenas estética, mas também simbólica. "A floresta é uma mulher forte, mas também indefesa", destacou Anna Muylaert. O filme promete abordar temas como machismo, política, conservadorismo e hipocrisia, refletindo as lutas enfrentadas por Geni e pela floresta.
Elenco e seletiva Local
Além de Thainá e Seu Jorge, a produção abriu uma seletiva para atores do Acre, buscando uma representação autêntica da região. As filmagens estão programadas para acontecer entre maio e junho, mas ainda não há uma data definida para o lançamento do filme.
"Geni e o Zepelim" promete ser uma obra impactante, que não apenas homenageia a canção de Chico Buarque, mas também traz à luz questões sociais relevantes, conectando passado e presente em uma narrativa de luta e resistência.
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