MARANHÃO - A falta que vai fazer a Festa do Divino de Alcântara em 2020 será transformada em um rico registro das tradições que envolvem essa manifestação de fé e cultura secular. A Secretaria da Cultura (Secma), vai lançar uma série de cinco vídeos na Internet sobre a festa, que este ano foi cancelada em razão da pandemia do novo coronavírus.
O projeto faz parte da campanha Conexão Cultural, de incentivo às artes e cultura durante o distanciamento social, contemplando diversas expressões artísticas.
Os vídeos irão retratar a história, origem, curiosidades e personagens da Festa do Divino de Alcântara, além de conversas com as pessoas que participam do evento há muito tempo, como o mestre artesão e diretor da Casa do Divino, Antônio de Coló, os integrantes da família Menezes e sua relação com a festa há mais de 20 anos, as caixeiras, moradores da cidade, devotos e turistas.
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O primeiro vídeo será lançado ainda neste domingo (10), pelo canal do YouTube ‘Cultura do Maranhão’. Os demais episódios serão exibidos pelo Instagram @cultura.maranhão e YouTube.
Os três primeiros vídeos irão tratar da festa e da cidade de Alcântara, o quarto sobre a festa do Divino em São Luís, e o último mostrará a festa para além do Maranhão, a tradição que atravessou fronteira.
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“A Festa do Divino de Alcântara é a maior festa religiosa do Estado, que agrega mais uma herança histórica nessa cidade património que tem por vocação o Turismo”, declarou Vanessa Leite, uma das idealizadoras do projeto.
“Além da impressionante devoção, a cidade é alimentada pela cadeia produtiva da festa que abrange lavoura, comércio, artesanato e culinária, num rico celeiro de mestres da cultura popular. É vir conhecer e se apaixonar!”, acrescentou Vanessa.
A Festa foi transferida para 2021, em razão da pandemia. Em geral, o evento é realizado no mês de maio ou junho, encerrando no domingo de Pentecostes.
A cada ano a cidade histórica de Alcântara abriga uma das maiores festas do Divino Espírito Santo do país, atraindo milhares de fiéis, admiradores e turistas. Com cortejos e rituais ricos em arte, figurino, canto e culinária, a festa é acima de tudo uma experiência de tradição e resistência da comunidade.
Os festejos reproduzem costumes de uma corte imperial, formada por crianças vestidas com roupas de época, usando trajes da corte de imperadores e mordomos. O Império é constituído por um Imperador ou Imperatriz, mordomos-régios e mordomos-mor, que se alternam a cada ciclo. Outro personagem muito conhecido são as caixeiras. Mulheres que tocam tambores e entoam cânticos, repetidos ou improvisados, em louvor ao Divino Espírito Santo.
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