ATUALIDADES

Histórias que os bairros contam, palavras que o Maranhão guarda

Entre ruas e expressões populares, a memória de São Luís se mantém viva na voz e na paisagem da cidade.

Mirante News FM

Atualizada em 03/09/2025 às 12h13
Arkley Bandeira, José de Ribamar Mendes Bezerra, Mayalu Moreira e Ramssés Silva em entrevista ao Atualidades. (Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Em mais de quatro séculos de história, a capital maranhense construiu bairros que guardam não apenas nomes curiosos ou homenagens, mas também memórias coletivas que dialogam com a identidade cultural da cidade. Do Reviver, tombado pela UNESCO, às expansões como Cohatrac e Cidade Operária, passando por localidades de nomes singulares como Fé em Deus e Coroado, cada espaço traz marcas de seu tempo e de seu povo. Paralelamente, o dialeto maranhense, com expressões típicas como "mermã", “égua” e “qualira”, revela a mistura de influências indígenas, africanas e portuguesas. 

Para discutir essa relação entre urbanidade e linguagem, o programa Atualidades desta quarta-feira (03) recebeu o arqueólogo Arkley Bandeira, José de Ribamar Mendes Bezerra, professor do Departamento de Letras da UFMA, a sociolinguista e professora de Letras da UEMA, Mayalu Moreira e Ramssés Silva, historiador genealogista, que participou via Google Meet.

“Quando a gente diz, não, não existe certo ou errado na fala, de fato, a fala é bem homogênea. E quem é sociolinguista sabe disso. Nós temos o fenômeno da variação, que na escrita a gente não tem como avaliar, porque a escrita realmente tem um padrão, um padrão normativo. Mas a fala, ela vai seguindo também, de certa forma, esse padrão. Nós temos vários exemplos de que, na fala, as pessoas tentam realmente parecer, ou querem que o seu discurso seja um discurso, entre aspas, culto, e acabam cometendo esses desvios, que são chamados de hipercorreção. Então, existe a fala, digamos, familiar, a fala de todo dia, da casa, existe a fala da universidade. Isso, quem estuda, é a pragmática. Então, nós temos várias maneiras, nós temos atos de linguagem diferentes, de acordo com contextos diferentes, de acordo com momentos e ocasiões e objetivos diferentes” destacou a professora Mayalu Moreira.

Assista.

 

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