EM SÃO LUÍS

Crateras ameaçam casas no Residencial Ribeira; infraestrutura precária assusta moradores

Problemas estruturais colocam famílias que vivem no conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida em risco desde 2018.

Imirante.com

Atualizada em 12/05/2025 às 16h27
Crateras ameaçam casas no Residencial Ribeira; moradores relatam medo. (Reprodução/TV Mirante)
Crateras ameaçam casas no Residencial Ribeira; moradores relatam medo. (Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Uma cratera aberta no Residencial Ribeira, em São Luís, tem ameaçado casas e assustado os moradores da região. O problema, que se arrasta desde 2018, ganhou novas proporções após as fortes chuvas do último fim de semana, quando o asfalto da via Rio Gurupi cedeu, levando a tubulação de esgoto e deixando o local ainda mais vulnerável.


De acordo com os moradores, a estrutura de drenagem construída no bairro não suporta o volume de esgoto e da água das chuvas, o que tem provocado o surgimento de crateras em diferentes pontos do residencial. A mais recente chegou a engolir um poste de energia elétrica e deixou outro inclinado, comprometendo o fornecimento de energia por várias horas.

Poste foi engolido por cratera no Residencial Ribeira. (Reprodução/TV Mirante)
Poste foi engolido por cratera no Residencial Ribeira. (Reprodução/TV Mirante)

“Tenho medo de atingir a casa”, disse Concita Melo, moradora do bairro há um ano. “É um buraco horrível, muito profundo, e água jorrando o tempo todo de esgoto.”

O Residencial Ribeira foi entregue há dez anos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, inicialmente para abrigar 3 mil famílias. Desde então, o número de moradores aumentou e os problemas também. As ruas e avenidas do bairro vêm desaparecendo, consumidas por erosões provocadas pela má infraestrutura. Além dos riscos físicos, os moradores ainda enfrentam o acúmulo de lixo nas crateras e ruas danificadas, agravando a precariedade do local.

Quantidade de lixo nas crateras assusta os moradores do bairro. (Reprodução/TV Mirante)

Para Samya Letícia, moradora do residencial, a sensação é de estar presa dentro de casa. “Não tem mais como se sentir confortável na porta de casa, porque fica com medo, né, da próxima chuva o asfalto vir abaixo.”

Segundo os relatos, a construtora responsável pela obra foi notificada e, na última quinta-feira (8), isolou o trecho mais afetado. 

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP) informou, em nota, que a responsabilidade pela manutenção e correção dos danos é da Caixa Econômica Federal e das construtoras envolvidas no projeto.

A produção da TV Mirante entrou em contato com a Caixa, mas até o momento não houve resposta. 

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