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Coluna Via Digital por Lucia Camargo Nunes, economista e jornalista especializada no setor automotivo.
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Bimestre tem vendas animadoras e produção tímida

Saldo positivo ocorre mesmo com fábricas paralisadas. No ranking dos veículos mais vendidos do Brasil, Onix avança e encosta na líder Strada.

Lucia Camargo Nunes*

Atualizada em 02/05/2023 às 23h39
Strada lidera nas vendas. (Foto: divulgação)

O primeiro bimestre do ano apresentou um saldo positivo nas vendas, mesmo após um fevereiro com fábricas fechadas e menos dias úteis, em função do Carnaval.

Pelos dados da Fenabrave, o setor registra crescimento acumulado de 14,25% nos dois primeiros meses do ano, totalizando 250.214 unidades de leves e 22.480 pesados.

“Tivemos apenas 18 dias úteis em fevereiro e conseguimos evoluir 11% no volume diário de veículos sobre o resultado de janeiro. A elevação sobre o ano anterior está muito relacionada ao auge da crise de falta de produtos que atingiu o setor automotivo, principalmente, nos anos de 2021 e 2022”, avalia Andreta Jr., presidente da entidade.

O fechamento de três fábricas (por falta de semicondutores ou ajuste de linha) freou maior avanço da produção de autoveículos, que também cresceu no bimestre, mas de forma mais tímida. As 313,8 mil unidades produzidas representaram alta de 0,8% sobre o primeiro bimestre de 2022.

Onix se livra do HB20 e cola na Strada

Com bom avanço e recuperação do Onix, o compacto da Chevrolet mantém-se firme nas vendas com uma pequena diferença para a picape Fiat Strada.

Entre os SUVs, destaque ao bom desempenho do Hyundai Creta, seguido de perto pelo Chevrolet Tracker.

Uma queda acentuada nos emplacamentos chama a atenção: o HB20, líder entre os automóveis no ano passado, com média de 8 mil unidades vendidas por mês, se distancia dos concorrentes com menos de 3 mil unidades emplacadas em fevereiro.

Entre os recentes lançamentos, o VW Polo, que acaba de receber a versão de entrada Track, teve 5.877 unidades licenciadas no 1º bimestre e a Chevrolet Montana, 440 emplacamentos.

Top 10 dos mais vendidos no 1º bimestre

MODELOSUNIDADES
1º Fiat Strada13.837
2º Chevrolet Onix 13.246
3º Chevrolet Onix Plus 11.289
4º Hyundai Creta 9.575 
5º Chevrolet Tracker9.065
6º Fiat Argo8.817
7º VW T-Cross8.748
8º Jeep Compass8.569
9º Fiat Mobi8.282
10º Hyundai HB20 7.832

Fonte: Fenabrave

Carros flex completam 20 anos

No mês em que os brasileiros voltam a se preocupar com a alta dos preços dos combustíveis, o inovador sistema flex fuel completa 20 anos no mercado, com o marco de 40 milhões de veículos com essa tecnologia vendidos.

O pioneiro entre os bicombustíveis foi o Volkswagen Gol 1.6 Total Flex, que chegava ao mercado em 2003 movido a gasolina e/ou etanol em qualquer proporção de mistura.

Volkswagen Gol 1.6 Total Flex.

Depois vieram outros modelos nacionais e até importados que utilizam a tecnologia. Hoje, cerca de 83% das vendas de todos os veículos vendidos bebem os dois combustíveis.

Quem tem flex pode escolher

Dados mais recentes da ANP mostram que os preços dos combustíveis já subiram e vão subir mais nas próximas semanas. As médias nacionais são do litro da gasolina a R$ 5,25 e do etanol, a R$ 3,88.

Na hora de abastecer, o consumidor de carro flex tem a oportunidade de calcular qual combustível está mais vantajoso: uma conta simples é multiplicar por 0,7 o litro da gasolina. Se der menos que o valor do litro do etanol, vale mais a pena encher o tanque com a gasolina.

Essa conta é feita baseando que o etanol rende 70% da gasolina. Se o resultado der mais que o litro do etanol, a vantagem de abastecer com o combustível vegetal é maior. Lembrando que a gasolina comum tem 27% de etanol na sua composição.

 

Calibrar os pneus pelo menos a cada 15 dias ajuda a economizar até 25% de combustível. Além disso, dirigir de forma mais suave, usar menos o ar-condicionado e não levar peso desnecessário no veículo são medidas que ajudam a reduzir o consumo de combustível.

Linha 2024 do Corolla Cross é mera troca de ano

A Toyota lança a linha 2024 do Corolla Cross sem qualquer novidade nem reajuste de preço. Disponível em 4 versões, o SUV parte de R$ 158.290 na opção de entrada XR 2.0 flex e vai até R$ 207.790 na XRX Hybrid.

Corolla Cross chega a linha 2024.

O Corolla Cross também está disponível por assinatura pelo programa Kinto One Personal. Em contrato de 36 meses e 1 mil km, a mensalidade sai a partir de R$ 4.223,99.

As duas versões híbridas, aliás, registraram 12.507 unidades comercializadas em 2022, representando 29,4% de participação na gama.

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. E-mail: lucia@viadigital.com.br

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