RIO DE JANEIRO – O velocista maranhense José Carlos Gomes Moreira, o Codó, foi confirmado como medalhista de bronze no revezamento masculino 4x100m rasos dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, ao lado de Vicente Lenílson, Sandro Viana e Bruno Barros. Anunciada em janeiro de 2017, a desclassificação da equipe da Jamaica, composta por Usain Bolt, Nesta Carter, Michael Frater e Asafa Powell, foi comunicada oficialmente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta sexta-feira (7).
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Vencedores da prova, realizada no Estádio Ninho de Pássaro, os jamaicanos tiveram as suas medalhas retiradas após confirmação de doping do velocista Nesta Carter. Ao refazer os testes, o COI descobriu que a amostra do atleta apresentava a substância proibida Dimetilamilamina, um vasoconstritor que aumenta a capacidade pulmonar. Com a punição para a equipe da Jamaica, a medalha de ouro será repassada ao quarteto de Trinidad e Tobago (38s06), a prata fica com a equipe do Japão (38s15), e o Brasil, quarto colocado, herdará a medalha de bronze (38s24).
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do COB, Paulo Wanderley, lamentou a demora na decisão, mas considerou que a espera valeu a pena. “Parabéns aos atletas brasileiros que, justamente, receberão suas medalhas. Não é a situação ideal esperar tanto tempo, mas, no final das contas, o treinamento e esforço que fizeram será recompensado”, disse Wanderley.
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As medalhas de bronze dos atletas do Brasil ainda estão de posse do Comitê Olímpico Internacional. A data para a entrega do prêmio e a definição de como será a cerimônia ainda serão definidas pelo COB e pelo quarteto brasileiro. Com as alterações, o Brasil chega a 17 medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos Pequim 2008, sendo três de ouro, quatro de prata e 10 de bronze.
Codó: “é um alívio”
Com a decisão do COI, Codó se tornou o segundo maranhense na história a subir em um pódio olímpico. Antes do velocista, a zagueira Tânia Maranhão faturou duas pratas no futebol feminino em Atenas-2004 e Pequim-2008. Em entrevista ao Imirante Esporte em janeiro de 2017, pouco depois da primeira decisão do Comitê, Codó lamentou a demora na confirmação da medalha, mas não escondeu a felicidade com a maior conquista de sua carreira.
“Não é um peso, é um alívio porque é o objetivo de todo atleta. O peso é quando você não conquista algo que você almeja. Então, o peso já foi tirado e agora vem a tranquilidade para você poder trabalhar pensando no futuro com a medalha no peito e guardada em casa. (Se tivesse conquistado a medalha em 2008) Muita coisa teria sido diferente, mas, infelizmente, não foi naquele momento e está sendo agora. Então é viver o agora, viver o momento que está sendo. É usufruir, o máximo possível, desta medalha que vem pra mim e para o povo maranhense”, disse Codó, agora medalhista olímpico.
*Com informações da Agência Brasil.
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