SÃO LUÍS – “É o pulmão do esporte no Maranhão”. A declaração é de um dos mais importantes atletas de basquete que o Maranhão já viu em ação. José de Ribamar Miranda, conhecido popularmente como “Gafanhoto”, é uma daquelas pessoas que dedicaram boa parte da vida ao esporte. Não apenas ao esporte, mas ao Ginásio Costa Rodrigues. As lágrimas tomam conta dos olhos ao lembrar de tudo que viveu no “templo” do esporte maranhense. Lágrimas que não representam apenas bons ou maus momentos. São lágrimas de quem fez do Costa Rodrigues sua segunda casa.
Foi no tradicional ginásio da capital maranhense que Gafanhoto descobriu o basquete. Foi ali que ganhou fama no cenário esportivo do Estado. Foi ali que, ainda jovem, conseguiu ser o primeiro atleta do Maranhão a fazer uma “enterrada” usando as duas mãos. E é agora no Costa Rodrigues que Gafanhoto vem às lágrimas ao ver sua casa novamente em pé.
“Entrei pela primeira vez no Costa Rodrigues em 1969 e aí começou minha carreira esportiva. Naquele aro, ao fundo do Costa Rodrigues, eu fui o primeiro atleta do Maranhão a socar, a cravar com as duas mãos como se faz hoje na NBA. Então, pra mim, a emoção vem dos pés até chegar a cabeça. Eu fico emocionado, arrepiado só em pensar em ver este ginásio explodindo e eu entrando com a minha Escola Técnica como atleta, com o Zoé Cerveira como técnico, com o Dom Bosco como técnico e sendo sempre campeão, graças a Deus”, disse.
E Gafanhoto lembra da importância do ginásio para a expansão do esporte no Estado. “Isso aqui é pulmão do esporte de quadra do Maranhão. Quando eu digo do Maranhão é porque os professores de Imperatriz, de Caxias foram trazidos para cá para serem reciclados e transmitirem os conhecimentos para o Maranhão”, comentou o ex-atleta.
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Bateu o carro
Meses antes de pisar novamente no templo sagrado do esporte maranhense, Gafanhoto teve um grande susto. Ele bateu o carro ao tentar ver como estava o andamento da obra de sua “casa”. Felizmente, foi apenas um susto e o ex-atleta pôde comparecer à reinauguração do Costa Rodrigues na manhã desta terça-feira (30).
“Já aqui na subida do Parque do Bom Menino, ao olhar o nome Costa Rodrigues, já começa a minha emoção. Inclusive, eu cortei um pneu há uns dois meses tentando olhar para a obra e bati no meio-fio. A emoção agora é muito mais. Agora eu vejo uma geração da minha geração aqui dentro. Eu estou para ter bisneto aqui no Costa Rodrigues em termos de esportes”, finalizou.
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