SÃO LUÍS - A decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de retirar a medalha de ouro conquistada pela equipe da Jamaica no revezamento masculino 4x100 metros dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, por causa do doping do velocista Nesta Carter, resultou em um feito histórico para o esporte maranhense. Integrante do quarteto brasileiro que ficou na quarta colocação do 4x100m em Pequim, o velocista José Carlos Moreira, o “Codó”, herdará a medalha de bronze dessa prova, junto com Bruno Lins, Vicente Lenílson e Sandro Viana.
Em entrevista ao portal GloboEsporte, Codó não escondeu a felicidade com a conquista da medalha de bronze, mesmo nove anos depois da realização da prova. “Ficamos esperançosos quando soubemos da possibilidade no ano passado, mas todo mundo falava: “Como vão tirar a medalha do Bolt?”. Aí passou um tempão, achávamos que tinham deixado mesmo para lá e que não ia acontecer isso, aí do nada ficamos sabendo que somos medalhistas olímpicos. É uma satisfação muito grande. Agora é outra ansiedade. Vamos esperar o momento de receber e poder colocar as mãos nela”, festejou Codó.
Com a conquista da medalha de bronze no revezamento 4x100m, Codó se tornou o segundo maranhense na história a subir em um pódio olímpico. Antes dele, a zagueira Tânia Maranhão faturou duas pratas no futebol feminino, em Atenas-2004 e Pequim-2008.
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Entenda o caso
Ao refazer os testes de doping do jamaicano Nesta Carter, o Comitê Olímpico Internacional (COI) descobriu que a amostra do atleta testou positiva para a substância proibida Dimetilamilamina, um vasoconstritor que aumenta a capacidade pulmonar. Com isso, o Comitê Disciplinar do COI decidiu retirar o ouro da Jamaica: além de Carter, Usain Bolt, Asafa Powell e Michael Frater perderam as suas medalhas.
Com a punição, a medalha de ouro irá passar para o quarteto de Trinidad e Tobago (38s06), a prata fica com a equipe do Japão (38s15), e o Brasil, quarto colocado, ficará com o bronze (38s24).
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