Série D

Especial Série D: conheça o Tombense Futebol Clube

A equipe mineira disputa, com o Moto, uma vaga na Série C.

Gustavo Arruda / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h49
(Divulgação / Tombense FC)

SÃO LUÍS – Após a dramática classificação para as quartas de final do Campeonato Brasileiro Série D e a definição dos confrontos, muitos torcedores do Moto Club se perguntaram: quem é o Tombense Futebol Clube? O time mineiro, da cidade de Tombos, completou 100 anos em 2014, está disputando a sua primeira competição nacional, é um time muito forte em seus domínios e promete não facilitar a vida do Papão na briga pela vaga nas semifinais e na Série C de 2015. Confira o especial do Imirante Esporte, sobre o Tombense Futebol Clube.

A história

Apesar de ter uma história centenária (foi fundado em 7 de setembro de 1914, por um grupo de jovens de Tombos), o Tombense sempre foi uma ilustre desconhecida do futebol mineiro, se destacando apenas pela revelação de atletas nas categorias de base, com alguns deles atingindo destaque nacional, como o lateral Léo Moura (Flamengo) e o meia Cícero (Fluminense), que chegaram a defender o clube. Entretanto, a partir da década de 2000, a história mudou: com o investimento dos empresários Eduardo Uram e Lane Gaviolle, o Tombense começou a disputar competições profissionais e garantiu presença na primeira divisão do Campeonato Mineiro em 2013. Logo em sua estreia na elite, o Carcará atingiu as semifinais do torneio e só foi eliminado pelo poderoso Atlético Mineiro.

Apesar de ter vaga garantida na Série D de 2013, por causa de seu ótimo desempenho no Estadual, o Tombense decidiu não disputar a competição nacional e optou por novas melhorias, de olho em uma melhor participação na temporada seguinte. Em 2014, porém, o desempenho não foi dos melhores no Mineiro e o time obteve apenas a sétima colocação, mas o resultado foi o suficiente para garantir o Alvirrubro novamente na Quarta Divisão, ao lado do já eliminado Villa Nova.

Como chegou à Série D

No Estadual de 2014, o Tombense teve um bom início, com destaque para um empate diante do América Mineiro, que disputa a Série B, e uma vitória sobre o Atlético-MG em pleno Independência. Apesar da largada promissora, o time de Tombos perdeu fôlego e terminou o Estadual na sétima colocação, a dois pontos da zona de classificação para as semifinais. A vaga, do Tombense, aliás, só veio por causa de um tropeço inesperado da Caldense, na última rodada, para o lanterna e já rebaixado Minas Futebol. Outro interessado na vaga, a URT, perdeu as suas chances com a derrota para o América.

Como as duas vagas mineiras para a Série D eram definidas pelo Estadual, a conta foi simples: Cruzeiro (Série A), Atlético Mineiro (Série A), América-MG (Série B), Boa Esporte (Série B) e Tupi (Série C), melhores colocados, já tinham vagas em torneios nacionais. Sobrou para Villa Nova (6º colocado) e Tombense (7º) a missão de representar Minas Gerais no Brasileiro.

Campanha na Série D

No sorteio, o Tombense ficou no grupo 6, que contava com o Operário (MT), Luziânia (DF), Goianésia (GO) e Grêmio Barueri (SP) e mostrou sua força logo nas primeiras rodadas, com duas vitórias em dois jogos. Após tropeços fora de casa, diante de Operário e Barueri, o Carcará deu uma arrancada nas últimas rodadas, vencendo os seus três compromissos e garantindo a classificação na primeira posição, com 18 pontos em oito jogos. Nas oitavas de final, uma vitória em casa e um empate fora, contra o Metropolitano (SC), confirmou a presença da equipe de Tombos nas quartas de final.

O time-base

Na defesa do Tombense, dois jogadores são titulares desde a primeira rodada: o goleiro Darley e o zagueiro Wellington. Durante a campanha, o atacante Juninho foi adaptado para a lateral direita e Mazinho ganhou a posição na lateral esquerda. Reserva nas primeiras rodadas, Heitor forma a dupla de zaga com Wellington. No meio-campo, outros três jogadores aparecem com muita frequência no Tombense: o volante Denílson e os meias Mateus e Francismar, grandes destaques da equipe. A outra vaga, atualmente, está sendo disputada por Betinho e o experiente Joílson. Já o ataque, nas últimas cinco rodadas, foi formado por Elvis e Anselmo.

O técnico

Sem Rogério Lourenço (ex-Flamengo), que foi o treinador no Campeonato Mineiro, o Tombense contratou Eugênio Souza. O comandante do Carcará tem passagens pelo Araxá e pelo Ipatinga / Betim, com destaque para os dois acessos conquistados com o Nacional de Nova Serrana, também de Minas Gerais. Eugênio é um dos principais responsáveis pelo bom desempenho do Tombense na Quarta Divisão.

O estádio

Como Tombos é uma cidade pequena, com quase 10 mil habitantes, era de se esperar que o Tombense tivesse um estádio de capacidade reduzida. E tem: o Estádio Antônio Guimarães de Almeida, conhecido como Estádio de Tombos, tem capacidade para receber 3.000 pessoas. Apesar de ter uma média de público baixa (512 pagantes por jogo, de acordo com o site Sr.Goool), o Carcará impressiona pela campanha em casa: em cinco jogos, a Tombense conseguiu derrotar todos os seus oponentes e sofreu apenas um gol.

Os destaques

Além da campanha perfeita como visitante, o Tombense se apoia no talento de atletas com bastante rodagem no cenário nacional. No meio-campo, o grande destaque é Francismar: com passagens por Cruzeiro, Vasco e futebol japonês, o atleta de 30 anos é o artilheiro da equipe na Série D, com quatro gols, ao lado do meia-atacante Daniel Amorim, que é reserva e é considerado o grande trunfo do Carcará para o segundo tempo das partidas.

Outro atleta com bastante rodagem pelo futebol brasileiro é o atacante Anselmo. Revelado pelo Palmeiras, o camisa 9 é uma das grandes esperanças de gol da equipe mineira. No banco de reservas, mais dois atletas experientes: o volante Coutinho (ex-Vasco) e o meia Joílson (ex-Botafogo).

Pontos que podem pesar contra

Apesar do bom desempenho na Série D, o Tombense terá, no Moto Club, o seu primeiro grande oponente na Quarta Divisão. Na competição nacional, o time de Tombos ainda não teve a oportunidade de enfrentar um time com maior tradição e torcida, o que pode acabar pesando na hora da decisão. Além disso, a equipe mineira está disputando a sua primeira competição nacional em 100 anos, ou seja, pode ter dificuldades por não estar habituado a um torneio de maior repercussão.

Artilharia na Série D

4 gols – Daniel Amorim (meia-atacante) e Francismar (meia)

3 gols – Mateus (meia)

2 gols – Joílson (meia)

1 gol – Edmário (zagueiro), Heitor (zagueiro), João Paulo (lateral esquerdo) e André (atacante)

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