Copa do Mundo

Depois de ameaça, Fifa anuncia manutenção de Curitiba na Copa

O suspense em relação a Curitiba vinha desde o dia 21 de janeiro.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

CURITIBA - Dia 31 de maio de 2009 é a data que ficou marcada para todas as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 como a definição oficial de que receberiam as partidas da competição. Todas, exceto uma. Para Curitiba, 18 de fevereiro de 2014 será considerado o Dia do Fico, ou melhor, o Dia do Fica. Depois da ameaça de excluir a capital paranaense do torneio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valke, confirmou nesta terça-feira a permanência da capital paranaense.

“Curitiba vai ser mantida como sede. Há três semanas, tivemos uma reunião e estabelecemos como limite o dia 18 de fevereiro. Nossos especialistas foram ao estádio, tiveram uma reunião com o prefeito e recebemos um relatório de 36 páginas. Curitiba conseguiu, pois trabalhou muito”, afirmou o secretário-geral, durante congresso técnico da Copa, em Florianópolis.

O suspense em relação a Curitiba vinha desde o dia 21 de janeiro, quando Valcke criticou os atrasos nas obras da Arena da Baixada e revelou que a cidade corria o risco de ser excluída da Copa. Considerado o estádio com menores dificuldades técnicas para a reforma por ter parte já erguida, instalações mais recentes e menor orçamento dentre as 12 sedes, a Arena tornou-se um problema na medida em que, mesmo com atrasos e alguns problemas, os demais estádios começaram a avançar.

Dificuldade na obtenção de garantias, demora na liberação de recursos por falta de documentação, questionamento em relação a fornecedores, paralisação de operários e a administração centralizadora da CAP/SA tornaram a situação crítica.

Mas a pressão da Fifa funcionou, pois houve um aumento de 40% no número de operários nas obras do estádio. A aceleração do ritmo dos trabalhos levou a um avanço desde a visita feita há três semanas. Neste intervalo, o gramado foi colocado, a cobertura foi instalada, cerca de 15 mil cadeiras foram afixadas, além de avanços na limpeza de detritos e no acabamento dos vestiários. A compra das estruturas temporárias para Curitiba também foram consideradas vitais para a decisão.

Ainda seguem as dúvidas em relação ao preço final da obra e quem vai pagar a diferença em relação ao orçamento inicial de R$ 185 milhões. O valor, que já passou dos R$ 265 milhões, passa por uma auditoria privada. Mário Celso Petraglia já falou em entrevista na cifra de R$ 330 milhões. O montante do momento, no entanto, é R$ 65 milhões pedidos ao BNDES para garantir a conclusão.

O aval para a permanência de Curitiba só foi dado depois da visita do consultor de estádios da Fifa, Charles Botta, que inspecionou a Arena da Baixada nesta terça e se reuniu com representantes do comitê local e dos governos municipal e estadual, que deram as garantias de que terminarão as obras a tempo graças a um novo planejamento, acréscimo de operários e injeção de recursos. Estiveram presentes o prefeito Gustavo Fruet, o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, e o coordenador-geral de Copa no Paraná, Mario Celso Cunha.

Desta forma, a Arena da Baixada receberá quatro partidas no torneio, todos na primeira fase: Irã x Nigéria (dia 16 de junho), Honduras x Equador (dia 20), Austrália x Espanha (dia 23) e Argélia x Rússia (dia 26).

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