SÃO LUÍS – Os desfiles das escolas de samba de São Luís corriam normalmente sem nenhum problema até a entrada da Flor do Samba. Durante a passagem de som, um diretor da escola disse que um guindaste da Prefeitura de São Luís, utilizado para colocar os destaques em cima dos carros alegóricos, estaria atrapalhando a passagem do carro abre-alas da agremiação. A notícia causou logo um alvoroço na Passarela do Samba e uma grande confusão se formou.
Isso porque representantes de outras agremiações ficaram revoltados, principalmente os da Favela do Samba. Eles alegavam que a organização dos desfiles já teria dado sinal verde para a Flor do Samba entrar na avenida. Após o suposto sinal, o cronômetro foi disparado.
Porém, a Flor do Samba queria que o cronômetro fosse zerado até que seu primeiro carro estivesse posicionado corretamente. E o impasse tomou conta da avenida: de um lado a Favela do Samba queria que o cronômetro seguisse contando, o que acarretaria perda de pontos para a Flor do Samba, enquanto que a agremiação do Desterro não queria ser prejudicada.
A confusão durou mais de trinta minutos. O secretário municipal de Cultura, Marlon Botão, tratou logo de isentar a Prefeitura de São Luís. “Eles [Flor do Samba] estavam alegando que tinham dois carros da prefeitura [atrapalhando a passagem do carro abre-alas]. Na verdade, os carros da prefeitura que estavam lá estavam até ajudando a posicionar os brincantes no carro da agremiação. Então, eles é que têm que se posicionar. Não tem nada a ver com a prefeitura”, disse.
Revoltado com a situação, o presidente da Favela do Samba, João Moraes, queria punição à Flor devido ao atraso. “É uma falta de organização. A escola é a última escola a desfilar e não tem condições de montar os seus destaques no carro. É um absurdo e vem querer culpar a prefeitura agora. Há quinze anos a gente desfila nesta avenida e sempre se usou um guindaste disponibilizado pela prefeitura. E agora eles vêm dizer que é o guindaste da prefeitura que atrapalhou o desfile da Flor do Samba? A escola não está pronta para a avenida e tem de ser cumprido o regulamento. Foi dado sinal verde, e o regulamento tem de ser cumprido”, enfatizou.
Pelo lado da Flor do Samba, o diretor André Campos disse que não aceitaria perder pontos no que ele considerou de “tapetão”. “A Flor do Samba não aceita perder no tapetão. Se a gente perder é dentro da avenida. Se a gente perder aqui, a gente aceita. A gente quer passar com dignidade”, afirmou.
Conclusão desta confusão toda: a polícia foi acionada, a Flor do Samba desfilou normalmente, e o cronômetro foi zerado.
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