SÃO LUÍS - O vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), José Américo Barroqueiro, reafirmou ontem que as provas da candidata Bruna Milhomens Sousa, que prestou vestibular para o curso de Medicina por meio de Mandado de Segurança, somente serão corrigidas se a universidade receber nova ordem judicial.
De acordo com ele, não seria justo com os demais vestibulandos que uma candidata tivesse sua prova corrigida, sendo que ela não está dentro da zona de classificação para a segunda etapa. “Ela fez as provas porque a Justiça mandou, pois pela universidade ela não teria direito. Se for o caso, a UFMA pode até corrigir as provas, entretanto não faremos isso por nossa própria vontade. Se a Justiça mandar, assim como decidiu pela aplicação das provas dessa candidata, nós faremos a correção. Ordem judicial não se questiona, se cumpre”, assinalou Barroqueiro.
Na ação impetrada na 6ª Vara da Justiça Federal, a candidata alegou que a quantidade de vagas para cotas fixadas pela universidade está em discordância com o percentual de afrodescendentes no estado. Nesse caso, com um número maior de afrodescendentes no Maranhão, o número de vagas também seria maior e, conseqüentemente, a quantidade de classificados para a segunda etapa do vestibular da UFMA, que foi realizado domingo último.
A universidade alegou que o edital do vestibular prevê que qualquer recurso só pode ser impetrado após a conclusão do concurso.
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Barroqueiro afirmou ainda que o candidato, no momento em que compra seu manual para inscrições, deveria estar ciente de todas as normas do edital emitido pela universidade. “Conforme o artigo 5.17 do edital, o NEC somente receberá recursos dos candidatos ou representantes legais até 24 horas da sua divulgação no endereço eletrônico www.vestibular.ufma.br. E a presente candidata não ofereceu recurso em tempo hábil, por isso não há como fazer esse tipo de alegação na Justiça”, assinalou ele.
As provas da segunda etapa do vestibular da Universidade Federal do Maranhão foram realizadas domingo.
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