358 candidatos faltam à primeira etapa de provas da UFMA

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h49

SÃO LUÍS - Realizada ontem a primeira etapa do vestibular tradicional 2005 da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A tranqüilidade foi a marca do concurso, que começou às 13h30 e terminou às 19h. Em São Luís, as provas aconteceram no Campus do Bacanga, na Faculdade Atenas Maranhense (Fama), no Turu, e nas escolas Gonçalves Dias, Bernardo Coelho de Almeida e Cegel.

O vestibular aconteceu também nos municípios de Codó, Pinheiro, Bacabal e Imperatriz. Dos 12.532 candidatos, 358, em todo o estado, deixaram de comparecer às provas. Estão sendo oferecidas 1.584 vagas, sendo 750 para o primeiro semestre.

No Campus do Bacanga, onde cerca de quatro mil candidatos fizeram provas, muitos chegaram cedo, para não perder as provas. Foi o caso do estudante Adriano Pereira, candidato a uma vaga no curso de Comunicação Social. “Eu resolvi sair de casa muito cedo, às 12h, para não correr o risco de perder as provas. Estudei muito e não quero perder essa prova de jeito nenhum”, disse o candidato.

Atraso

Mesmo com o alerta para que os candidatos chegassem com uma hora de antecedência ao local de prova, alguns vestibulandos chegaram após o fechamento dos portões. No Centro de Ciências Sociais, a estudante Alessandra Silva Ribeiro, que faria prova para o curso de Pedagogia, chegou com dois minutos de atraso e foi impedida de fazer a prova.

“Eu até que cheguei cedo. O problema é que não sabia em qual prédio iria fazer prova. Fiquei perdida e só no último momento consegui descobrir qual era o prédio, mas, infelizmente, não deixaram eu entrar”, lamentou a estudante.

Dois candidatos, também atrasados, ficaram tão desesperados com o atraso que pularam o muro do Centro de Ciências Sociais, mas foram pegos pelos seguranças. “Enfrentamos um engarrafamento muito grande na Cohab. Perdemos muito tempo lá. Pegamos uma carona com um ônibus que iria para a garagem que fica no Anjo da Guarda e conseguimos chegar aqui. Ficamos tão desesperados que resolvemos pular o muro. Acho que esse horário poderia ser mais flexível”, disse um deles, identificado apenas como Júnior. Os dois foram levados a prestar esclarecimentos na Polícia Federal e liberados em seguida.

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O número de pais que permaneceram na porta dos prédios onde estavam sendo realizadas as provas era muito grande. Muitos estavam mais nervosos que os próprios filhos. “Essa é a primeira vez que meu filho faz vestibular e queria estar ao lado dele nesse momento. Vou ficar aqui esperando até o final. Ele não estava nervoso, mas eu estou muito”, confessou Juramara Oliveira.

Segurança

A grande novidade do vestibular deste ano foi o esquema de segurança montado para coibir “colas” e fraudes. De acordo com Marcos Figueiredo, diretor do Núcleo de Eventos e Concursos (NEC) da UFMA, duas empresas foram contratadas e a UFMA adquiriu alguns equipamentos para garantir a segurança do concurso. Uma média de 160 pessoas trabalharam na segurança do concurso.

“São muito comuns atualmente, nos vestibulares realizados em todo o Brasil, tentativas de fraudes. Para coibir essa prática aqui na UFMA, nós contratamos duas empresas de segurança e adquirimos alguns equipamentos. Temos agora um supervisor de segurança, que é quem toma conta dessa parte. Estamos com bloqueadores de celulares e podemos detectar qualquer sinal que está sendo emitido nas áreas onde são realizadas as provas”, explicou o diretor.

Outra medida de segurança adotada foi a fiscalização rígida de candidatos que precisaram utilizar os banheiros. Além de anotarem o nome numa lista, os vestibulandos eram revistados manual e eletronicamente. “Observamos que muitas tentativas de cola aconteciam nos banheiros. Então, decidimos tomar cuidado com essa prática. Se o candidato tiver um ponto, um celular ou um pager escondidos, isso será logo detectado”, informou Marcos Figueiredo.

Cerca de 850 pessoas trabalharam no vestibular 2005 da UFMA. Oito policiais rodoviários federais garantiram a segurança no Campus do Bacanga. Poucos atendimentos médicos foram registrados e nenhum caso grave. Oito candidatos fizeram testes de forma especial. Quatro receberam provas com letras ampliadas, um respondeu pelo sistema Braille e outro por Libras. Um candidato respondeu a prova no hospital e outro separadamente, por dificuldade de locomoção.

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