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Ilha teve 338 casos de incêndios em vegetação este ano

No dia 17 de outubro, um incêndio de grande proporção no bairro Araçagi chamou atenção

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Incêndio em terreno na MA-203, no Araçagi, deixou vegetação queimada (Queimada)

São Luís – O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) atendeu 338 ocorrências de incêndios em vegetação na Região Metropolitana de São Luís, no período de janeiro a setembro de 2021. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados apenas quatro focos de queimadas em São Luís, neste ano.

No último domingo (17), o CBMMA atendeu uma ocorrência de incêndio em vegetação no bairro Araçagi. As chamas se espalharam rapidamente, produzindo intensa fumaça que incomodou os vizinhos do terreno.

De acordo com Henrique Gomes, vigia no bairro, o fogo durou praticamente o dia inteiro. “Eu cheguei aqui 18h e já estava pegando fogo, mas um outro vigia me disse que começou por volta de 12h30. Disseram que os bombeiros vieram três vezes para dar conta de apagar as chamas, somente às 20h”, contou. Ele explica que a situação é recorrente nessa época do ano e que a maioria das crianças das ruas próximas têm problemas de saúde por causa da fumaça.

Em nota, o CBMMA a guarnição da 2ª Companhia Independente Bombeiros Militar de Paço do Lumiar (2CIBM) atendeu ao chamado da população, e combateu o fogo com a viatura Auto Bomba Tanque 34 (ABT-34). “O incêndio foi controlado. Não houve vítimas”, informou.

Um ponto que chamou atenção no dia e assustou os moradores da região, é que as chamas ficaram tão descontroladas e altas que se aproximaram de um posto de gasolina. Henrique Furtado, gerente do posto, relata que o momento foi de tensão. “Eu cheguei no posto e o fogo já estava alastrado. A população disse que os bombeiros vieram, olharam e falaram que estava controlado, depois foram embora. Então, às 17h, começou de novo”, destacou.

Os funcionários do posto precisaram desligar toda a energia do local, depois disso se afastaram e esperaram até as chamas serem contidas. “A conveniência parou de funcionar e o posto parou de abastecer porque o vapor da gasolina e as brasas poderiam ter ocasionado um incêndio maior. Então desligamos toda a energia do lugar, a parte do gás de cozinha nós não podíamos fazer nada porque o fogo já estava próximo. Nós não podíamos nos colocar em risco, não tínhamos como conter algo muito grande, além da fumaça”, afirmou.

Focos de incêndio diminuem
Segundo apuração feita por O Estado, o número de focos de incêndio no Maranhão diminui, consideravelmente, em relação ao mesmo período do no passado, exatamente 55,6%, o dado é do INPE. Em 2020, foram registrados 2.655 focos de queimadas, enquanto este ano, 1.761 pontos em todo o estado, até meados de setembro (data da atualização). O município de Mirador lidera o ranking com 879 notificações.

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Segundo o Boletim de Monitoramento de Queimadas no Maranhão, realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), as queimadas são práticas primitivas, realizadas principalmente para o manejo e limpeza de áreas para utilização na agricultura e pecuária. Essa prática pode resultar em incêndios florestais e inúmeros impactos para o meio ambiente. As queimadas poluem o ar, contribuem para o aquecimento global e mudanças climáticas, alteram o ciclo hidrológico, ocasionam a perda de vegetação, perda de nutrientes do solo, desertificação, provocam a morte de animais, entre outros.

SAIBA MAIS

Cuidados

• Sempre capinar em volta e tirar o mato do local onde for fazer uma fogueira ou colocar velas;
• Ao abandonar uma fogueira, apagar com água ou terra;
• Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças;
• Fazer aceiros ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões etc.;
• Manter os aceiros sempre bem roçados;
• Optar, sempre que possível, por estratégias alternativas ao uso do fogo, como roçada manual ou por máquinas e plantio direto;
• Se for fazer uma queimada controlada, fazer no fim da tarde ou de manhã cedo e com a autorização do Instituto Água e Terra – IAT (antigo IAP);

Orientação CBMMA

A orientação do Corpo de Bombeiros é para que, em caso de incêndio próximo a residências, os moradores se afastem da área e liguem imediatamente para o Corpo de Bombeiros Militar (193).

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