Saúde

Quadro de sífilis está controlado em São Luís

Segundo a SES, ações preventivas acontecem o ano todo, pautadas nas diretrizes do MS

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Exame realizado para identificar doenças sexualmente transmissíveis (ISTs)

São Luís - O quadro epidemiológico da sífilis em São Luís está controlado, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). De acordo com o órgão, as ações preventivas têm acontecido o ano todo, além de medidas de auxílio no tratamento. A Secretaria ressaltou, ainda, que, neste mês de outubro, por meio das Superintendências de Vigilância em Saúde, Ações em Saúde, Educação em Saúde e Assistência à Rede de Saúde de São Luís realiza, até o dia 30, a campanha do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita.

A campanha tem como objetivo geral reduzir o número de casos da doença e, desta forma, eliminar a sífilis congênita. As ações são pautadas nas diretrizes do Ministério da Saúde, pautando a “prevenção combinada” e apresenta o público-alvo na faixa etária entre 15 e 50 anos de idade, respeitando as diversidades. O Dia Nacional de Combate à Sífilis transcorreu no último sábado, com ações em várias cidades brasileiras.

Na última sexta-feira, o governo estadual promoveu o “Dia D de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita”. O evento foi realizado no auditório da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão como ação educativa sobre a infecção sexualmente transmissível, promovendo orientações sobre o diagnóstico, tratamento e vigilância na Linha de Cuidado da Sífilis nos diferentes níveis de atenção do SUS. No Maranhão, mais de mil casos de sífilis adquirida foram registrados ano passado.

“A Sífilis é uma doença tratável e curável, por isso buscamos protagonizar discussões a fim de que a sociedade possa trabalhar em conjunto com o poder público na prevenção. Também é uma oportunidade para chamarmos a atenção dos profissionais para que redobre a atenção para que as gestantes façam o pré-natal e recebam a assistência necessária”, disse a chefe de Departamento de Atenção às IST/AIDS e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão de Matos.

A bactéria pode causar lesões nos genitais e evoluir para uma infecção do sistema nervoso central, como a meningite. Além disso, se não for tratada, pode causar problemas cardíacos e outros quadros mais graves. A doença pode se apresentar da forma adquirida, ou seja, por meio de relações sexuais, transfusões de sangue e demais usos descuidados de agulhas, em gestantes e da forma congênita, quando a gestante não faz o tratamento e a sífilis é transmitida para o feto.

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No ano passado, 115,3 mil brasileiros contraíram sífilis. Desses, 61,4 mil eram gestantes e 22 mil crianças foram contagiadas na modalidade congênita. Já a sífilis adquirida no conjunto da população apresentou redução nos últimos anos, tendo uma taxa de detecção no país de 54,5%.

O médico Flávio Evangelista, diretor da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, informou que a doença estava em um crescente de casos até o ano passado, quando se observou um quadro de estabilidade. “Esse cenário é positivo e possível graças às testagens e tratamento feitos de maneira adequada. Para isso, reforçamos o trabalho de prevenção, pois ele ajuda na interrupção da cadeia de transmissão”, disse.

SAIBA MAIS

Sífilis

A doença é causada pela bactéria Treponema pallidum e depois de contaminada, a pessoa pode apresentar várias manifestações clínicas. A Sífilis é uma enfermidade que pode ser transmitida da mãe para o bebê quando não tratada.

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