A oposição na Assembleia Legislativa ao governo de Flávio Dino (PSB) vai aumentar a partir desta semana. Hoje, o deputado federal e presidente estadual do PL, Josimar de Maranhãozinho, vai reunir os quatro parlamentares da bancada da legenda para encaminhar a decisão da sigla que é ser do campo de oposição ao Palácio dos Leões.
Josimar vai se reunir com Vinícius Louro, Detinha - esposa de Maranhãozinho - Leonardo Sá e Hélio Soares para fechar a posição oposicionista da legenda. Com isto, o PL deverá deixar o Bloco Parlamentar Democrático, que tem ainda os deputados estaduais do Republicanos Ariston Sousa e Fábio Macedo.
A oposição na Assembleia Legislativa ao governo de Flávio Dino chegou a ter seis deputados logo assim que o governo dinista começou. Em tese, a oposição era maior porque o MDB tinha uma bancada composta por Andreia Murad, Roberto Costa, Max Barros e Nina Melo. No entanto, os três últimos deputados nunca se posicionaram de fato contrários ao Palácio.
Além de Andreia Murad, na época, eram de oposição César Pires e Adriano Sarney (ambos do PV), Edilázio Júnior (PSD), Wellington do Curso (PSDB) e Sousa Neto (PTN).
Após as eleições de 2018, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa caiu para três parlamentares na prática: Adriano Sarney, César Pires e Wellington do Curso.
Se Flávio Dino anunciar posição sobre seu apoio na eleição para o governo estadual ainda este ano, o socialista poderá terminar sua gestão com uma bancada de oposição ainda maior. Claro que isto depende da escolha que o governador fará. E dependendo também das costuras que tenham sido feitas com olhos em 2022.
Os opositores
O mais provável é que dos quatro deputados do PL na Assembleia Legislativa, três deverão bater o martelo para se tornar oposição ao Palácio dos Leões.
Hélio Soares deverá ser o único a não “tomar partido” na confusão de Josimar de Maranhãozinho com Flávio Dino.
Detinha, já se sabe da posição por ser esposa de Maranhãozinho, Vinícius Louro também entra na oposição, assim como Leonardo Sá.
Pequena
Na prática, a oposição atual ao governo estadual na Assembleia Legislativa tem somente três deputados.
César Pires (PV), Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB) são os parlamentares que questionam e fiscalizam as ações do Palácio dos Leões.
O MDB, que naturalmente deveria ser oposição, acabou saindo do bloco dos opositores e criou um bloco independente liderado por Roberto Costa.
Reação
Sobre a posição do PL no Maranhão, ela tem sido motivada pela reação de Josimar de Maranhãozinho à operação Maranhão Nostrum.
A operação do Ministério Público, com a participação da Polícia Civil, é classificada por Josimar como uma ação política do Palácio dos Leões contra as posições que ele vinha mostrando.
Pelas postagens do deputado federal nas redes sociais, tanto o MP quanto a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) emitiram nota oficial sobre a operação Maranhão Nostrum.
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Se posicionando
Nos últimos dias, o PT maranhense demonstrou que não aceita “intervenções” externas em seus processos.
O pré-candidato ao Senado pelo partido, Paulo Romão, furou a estratégia vinda do Palácio dos Leões em favor de Felipe Camarão.
Romão deixou claro que ele quer disputar o Senado e não vai abrir mão para que o PT apoie o governador Flávio Dino na corrida por um mandato de senador.
Decisão nacional
Claro que não é a estratégia do Palácio dos Leões e nem as posições individuais de cada petista que determinará como o PT do Maranhão vai se posicionar em 2022.
Em palavras claras: vai depender unicamente da estratégia da direção nacional a posição do partido aqui e em outros estados brasileiros.
O que Paulo Romão faz, assim como Felipe Camarão, é tentar ganhar posição e mostrar à direção nacional que seus nomes são viáveis para o próximo ano.
De olho
7 deputados federais poderão compor o bloco de oposição ao governo do Maranhão na Assembleia Legislativa com a entrada de deputados do PL. Atualmente, são três os deputados opositores.
Movimentações
E enquanto internamente Felipe Camarão se movimenta para levar adiante a sua pré-candidatura, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) recebeu petistas para mostrar que quer o partido.
A movimentação de Brandão e Camarão - dentro de uma estratégia de Flávio Dino - parece ser a de mostrar força de Camarão o suficiente para ser um nome para somar com o vice-governador.
Resta saber se a direção nacional vai comprar a proposta ou se vai caminhar para fechar com o PDT de Weverton Rocha.
E mais
- A Câmara Municipal de São Luís vai se reunir hoje, em sessão extraordinária, para analisar vetos à LDO de 2022.
- O mais provável é que os vetos sejam mantidos, porque o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), ainda tem maioria no Legislativo Municipal.
- Com mais uma mudança no comando da Secretaria Municipal de Educação, aumenta a preocupação com a falta de aulas presenciais na maioria das escolas da rede do Município e a dificuldade de acesso às aulas remotas para milhares de aulos.
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