Rio de Janeiro - Com apresentação de Zezé Motta, o especial ‘Falas da Vida’, que será exibido na TV Globo dia 1º de outubro, Dia Internacional dos Direitos da Pessoa Idosa, traz cinco personagens que pretendem representar um grande grupo, cerca de 20% da população brasileira. Entre eles, três mulheres com histórias de vida bem diferentes, mas que se encontram em dois pontos importantes: independência e trabalho. Poderíamos cair no erro de dizer “são idosas e ainda trabalham”. Mas não é sobre isso. É sobre complementar a renda de uma aposentadoria muitas vezes insuficiente; ou ainda optar por trabalhar para manter o convívio social, que tantas vezes é restrito aos idosos por preconceito. Gracinda Mendes da Silva Senna, Regina Maria Leite Pereira e Albertina Silva Rocha são de locais diferentes – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão, respectivamente –, têm idades diferentes – 72, 62 e 75 – mas todas trabalharam a vida toda e continuam ativas. Elas são o ponto central financeiro e emocional de suas famílias.
O especial vai ao ar na TV Globo nesta sexta-feira, logo após 'Império'. Também será exibido no GNT, dia 4 de outubro, às 0h, após o ‘Papo de Segunda,’ e no dia 6 de outubro no Canal Brasil, às 20h.
‘Falas da Vida’ tem direção geral de Patrícia Carvalho, direção de Ivone Happ e roteiro assinado por Ines Stanisiere, com produção de Beatriz Besser. Rafael Dragaud é o diretor executivo e Mariano Boni, diretor de gênero.
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Albertina Silva Rocha, mais conhecida como Bebel, divide a casa e a renda com um filho, a nora, três netos e um bisneto. Em Barreirinhas, onde mora, ao lado dos Lençóis Maranhenses, Bebel atuou a vida inteira como professora, sendo responsável pela alfabetização de sua comunidade. Já próxima de se aposentar, prestou concurso público para a área de Saúde e continuou trabalhando por muitos anos, tornando-se uma figura central no apoio às necessidades do seu povoado. Hoje, aposentada, Bebel continua extremamente ativa.
“Acordo cedo, cuido da minha cozinha, molho os meus canteiros, vou para minha roça, ao chegar ajudo fazer a comida se não estiver pronta. Depois do almoço descanso um pouco, se tiver marcada reunião compareço, se for época de frutas vou apanhá-las para produção. Faço doce de buriti, caju, acerola, bacuri, seriguela, goiaba, abacaxi, murici etc. O que mais vendo é o doce de buriti”, diz orgulhosa. Para Bebel, conquistar sua independência é o melhor presente que a maturidade lhe trouxe. Da juventude, sente falta da coragem e força de vontade para enfrentar as dificuldades. Ainda assim, ela sabe que essas características ainda lhe acompanham, mesmo que em menor dose. “Hoje posso dizer que tenho mais garra e força de vontade, mesmo com certos limites. Sou uma pessoa independente. Meus cabelos brancos me dizem que a idade chegou, mas não só isso. O conhecimento que passo para meus filhos, de tudo o que já passei, também”, diz Bebel, cheia de orgulho.
Para a educadora, essas conquistas têm um valor ainda maior diante das dificuldades que os idosos passam no país. “Ser idosa no Brasil é algo difícil por causa do preconceito. Não me sinto respeitada enquanto idosa. Todos nós, mais velhos, sofremos muito, não temos nossos direitos respeitados”, lamenta Bebel.
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