Setembro Amarelo

3ª Caminhada contra a depressão acontece sábado

Atividade, na Av. Litorânea, levará a bandeira da solidariedade, do exercício coletivo e da união

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Missionária Eridan Ristovski diz que quem tem depressão deve entender que está doente (Suicidio)

São Luís - Com o objetivo principal de prevenir, conscientizar e alertar as pessoas sobre o suicídio, o projeto Videira, coordenado pela missionária Eridan Ristovski, realiza neste sábado (25), em São Luís, a 3ª Caminhada Setembro Amarelo, com o lema ‘Não à depressão! Não ao Suicídio!’. A concentração ocorre às 6h30, na praça dos Pescadores, localizada na Avenida Litorânea.

O cortejo segue pela Avenida Litorânea, carregando como bandeira a solidariedade, o exercício coletivo, a união, a comunicação e o combate à tristeza, a solidão e ao silêncio, considerados os primeiros passos para a depressão.
Pesquisa Datafolha mostrou que 44% dos brasileiros afirmaram que ter tido problemas psicológicos durante a pandemia da Covid-19, decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março de 2020.

Os mais afetados, segundo a pesquisa, foram mulheres (53%), jovens entre 16 e 24 anos (56%), pessoas economicamente ativas (48%), pessoas com alta escolaridade (57%) e pessoas sem filhos (51%). Para Eridan Ristovski, a pandemia e as incertezas provocadas por ela contribuíram para que as doenças psíquicas aumentassem no país, em que o Maranhão não foge à regra.

“O prolongamento do período da pandemia misturado à incerteza em relação ao futuro, uma rotina com restrições de circulação, o medo da morte, o luto e a falta de convívio entre familiares e amigos fizeram com que aumentassem os sentimentos de ansiedade, tédio, pânico e solidão durante este período, o que pode ter levado a esses dados preocupantes”, observa Eridan Ristovski.

Além do aumento dos casos de depressão, os sentimentos de sobrecarga, medo e angústia durante a pandemia também se agravaram. Cerca de 55% das pessoas concordaram que se sentiram sobrecarregadas de tarefas e 57% afirmaram ter vivenciado medo e angústia nos últimos meses.

Para a missionária, quem tem depressão deve entender que está doente e precisa encarar o problema de frente, mesmo sabendo que o custo é doloroso.

“O primeiro passo [para enfrentar os problemas de saúde mental] é admitir que está doente, que precisa de ajuda. É muito comum a negação do problema nesses casos. A partir daí, é importante se abrir com pessoas da sua confiança e estabelecer um diálogo limpo e construtivo, uma vez que a rede de apoio é um complemento fundamental à abordagem clínica. Sabemos que quem conta com esse suporte costuma ter mais adesão ao tratamento”, reforça.

SAIBA MAIS

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

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