Disputa pelo governo pode influenciar pleito na Câmara Municipal
Escolha da mesa diretora do legislativo de São Luís ocorrerá em abril de 2022, mas pré-candidatos ao governo iniciam movimentos para influenciar na eleição
A sete meses das eleições para a presidência da Câmara Municipal de São Luís, os movimentos - e, mais do que isso, as articulações dos pré-candidatos - apontam para o fato de que a disputa no legislativo municipal será palco de mais um embate político entre o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), e o senador Weverton Rocha (PDT), ambos pré-candidatos do Governo do Estado e ainda em busca do apoio oficial do Palácio dos Leões.
O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) também tem trabalhado pelo comando da Casa.
Nesta semana, a dicotomia ficou mais evidente. De um lado, o vereador Paulo Victor - atual 2º vice-presidente da Casa e candidato a presidente no ano que vem pelo PCdoB - tentou mostrar que já garantiu o apoio de uma "ampla frente suprapartidária”. O comunista contabiliza já ter 13 votos. E na segunda-feira (20), levou seus 12 aliados para uma agenda na residência de Brandão.
Estiveram presentes os vereadores Beto Castro (Avante), Andrey Monteiro (Republicanos), Concita Pinto (PCdoB), Marquinhos (DEM), Thyago Freitas (DC), Antônio Garcês (PTC), Edson Gaguinho (DEM), Marcial Lima (Podemos), Umbelino Júnior (PRTB), Coletivo Nós (PT), Fátima Araújo (PCdoB) e Domingos Paz (Podemos).
Além de declarar voto em Paulo Victor, os parlamentares foram apresentados como parte da base de apoio de Brandão rumo ao governo.
Antes disso, ainda em agosto, o vereador já havia promovido um almoço entre o vice-governador e os vereadores Astro de Ogum (PCdoB) e Zeca Medeiros (Patriotas).
Os movimentos foram rapidamente criticados por aliados de Weverton Rocha. Os mais próximos do pedetista avaliam que Brandão tem sido “imprudente" ao tentar levar para a Câmara da capital um debate estadual.
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O senador apoia na Casa o vereador Raimundo Penha, que é também do PDT, mas, por ora, segue citado como uma espécie de terceira via, ao lado do vereador Gutemberg Araújo (PSC), que deverá ser o nome do prefeito Eduardo Braide (Podemos) para comandar a Casa. Mas, a julgar pela reação da sua base após articulações de Paulo Victor ao lado de Brandão, Weverton também vai entrar de cabeça no jogo.
Segunda força
A chamada “segunda força” na disputa segue sendo Josimar de Maranhãozinho (PL). Também pré-candidato ao Governo do Estado, o parlamentar decidiu lançar a candidatura do sobrinho, o vereador Aldir Jr (PL).
O aliado do deputado federal já contabiliza o apoio de oito vereadores (Daniel Oliveira, Ribeiro Neto, Chico Carvalho, Astro de Ogum, Zeca Medeiros, Rosana da Saúde, Chaguinhas), mas seus aliados ressaltam que ele começou a "se movimentar" há apenas uma semana.
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Rounds
A eleição pelo comando da Famem, no ano passado, já havia sido uma prévia do embate entre Brandão e Weverton O vice-governador acabou derrotado, ao apoiar Fábio Gentil (Republicanos), de Caxias, contra a reeleição de Erlanio Xaviar (PDT), prefeito de Igarapé Grande, aliado do senador. Antes desta disputa, Brandão e Weverton se “enfrentaram” na disputa pelo segundo turno em São Luís quando o vice-governador apoiou o deputado Duarte Júnior (PSB) e o senador decidiu apoiar Eduardo Braide.
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