Balneabilidade

Feriadão terá apenas 12 trechos de praias próprios para o banho na Ilha

Técnicos da Sema fizeram coleta de amostras de águas das praias da Ilha, em 22 pontos, e 10 deles estão impróprios para o banho

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
No feriado, é preciso ter atenção para não tomar banho em trecho poluído (balneabilidade)

São Luís - Durante o feriado prolongado da Semana da Pátria, várias pessoas devem procurar a orla da Grande Ilha para curtir o momento de lazer, mas precisam ficar atentos à poluição do mar. Segundo o levantamento mais recente feito pelo Laboratório de Análises Ambientais (LAA) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), dos 22 pontos analisados, de amostras de água distribuídos ao longo das praias da Ilha, apenas 12 estão próprios para o banho.

Na praia da Ponta d’Areia, três pontos foram analisados pelos técnicos da Sema e apenas dois apresentaram boas condições para o banho. Um deles localizado nas proximidades do Espigão Costeiro, enquanto, o outro em frente ao Centro de Atendimento ao Banhista, na Praça do Sol.

A praia da Ponta do Farol está própria para o banho de mar, enquanto em São Marcos foram analisados quatro pontos e somente um deles apresenta boas condições para o banho, localizado próximo à Praça do Pescador.

Na praia do Calhau, os técnicos da Sema coletaram amostras de água do mar em três pontos e ficou constatado que todos estão próprios para o banho, enquanto toda a praia do Olho d’Água está imprópria, segundo a análise da Sema.

Na praia do Meio, em São José de Ribamar, somente o trecho próximo a Katthus apresentou boas condições para o banho sem comprometer a saúde humana. Na praia do Araçagi, apenas o trecho localizado nas proximidades do acesso a via principal à praia, está próprio para o banho. As praias de Olho de Porco e Mangue Seco, ambas na Raposa, estão com boas condições para o banho.

Monitoramento
O monitoramento da Sema obedece aos padrões do Conama nº 274/00, segundo a qual, a água das praias é considerada própria quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo local, houver no máximo 100 Enterococos/100 mL (NMP – Número Mais Provável) ou 800 Escherichia coli/100mL.

A água das praias é considerada imprópria quando não atender aos critérios anteriores, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 400 Enterococos/100 mL (NMP) ou a 800 E. Coli/100mL. A Sema ainda usa o indicador microbiológico enterococos com maior frequência por ser o mais restritivo.

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Recentemente começou a usar E. coli para evitar vencimento de validade do reagente Colilert 18. A secretaria monitora os 21 pontos P1 ao P11 às quartas-feiras, aos sábados e domingos desde 2015, objetivando assegurar as condições de balneabilidade das praias em estudo.

Língua Negra
A Sema designou equipes da Fiscalização, Recursos Hídricos, Monitoramento e do Laboratório de Análises Ambientais para identificar as causas da língua negra na Foz do Rio Pimenta, nas imediações da praia do Caolho, que apareceu no começo do mês passado.

A Sema afirmou que durante o processo de investigação, foram identificados pontos irregulares de descarte de esgoto e possíveis locais de descarte irregular de caminhões “limpa-fossa”. As equipes da Sema já realizaram a remoção de tubulações clandestinas e canos realizados para essa finalidade.

O caso segue em investigação com fiscalização constante da Sema ao local e aos empreendimentos da região como também está sendo feito o trabalho de monitoramento periódico dos rios da capital. Inclusive, a última análise do Rio Pimenta foi realizada no dia 23 do mês passado, mas, não informaram o resultado desse exame.

O caso da língua negra na Foz do Rio Pimenta também está sendo apurado pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal. De acordo com a assessoria de comunicação do MPF, foram determinadas diversas providências. Entre elas, a solicitação da Polícia Federal (PF) que realize, com urgência, diligência no local para investigar possível crime de poluição e instaure inquérito para determinar suas causas e identificar os responsáveis.

O MPF expediu ofícios à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semman), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitando a realização urgente de vistorias nos locais onde ocorreu a poluição. Os órgãos ambientais devem elaborar relatórios, no prazo de 10 dias, com as possíveis causas e a identificação dos responsáveis pelo lançamento irregular do esgoto.

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