SÃO LUÍS - Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) trimestral, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que traz um panorama geral da força de trabalho no Brasil, no 2º trimestre deste ano, eram 457 mil o total desempregados no estado, 19 mil a mais que no trimestre anterior. Com isso, a taxa de desocupação no período foi de 17,2%.
De acordo com o IBGE, esse contínuo aumento no número de desempregados nos últimos três
trimestres no Maranhão mostra um mercado de trabalho se rearrumando à medida que a pandemia vai sendo controlada e quem, antes estava fora do mercado, qualificado como força de trabalho potencial (ftp) tem voltado a pressionar para conseguir um emprego, provocando elevação da taxa de desocupação.
As pessoas que durante o período mais contundente da pandemia se retiraram do mercado de trabalho, ou porque perderam o emprego e/ou porque forçosamente tiveram que se manter em situação de isolamento social, passaram a alimentar o contingente de força de trabalho potencial, isto é, pessoas que não estavam nem ocupadas nem desocupadas, pois não procuraram trabalho ou, se encontraram um trabalho, não estavam disponíveis para o mesmo por motivos variados, incluindo a necessidade de ficarem casa por causa da pandemia.
Nesse contexto, dentro da força de trabalho potencial, assinala o IBGE, está uma parte que não
procurou trabalho, mas se tivesse aparecido uma oportunidade estaria à disposição para assumir o posto. É o caso dos desalentados (desistentes em procurar trabalho) que, no 2º trimestre de 2021 formavam um contingente no Maranhão na ordem de 651 mil pessoas.
É um número menor do que o do 1º trimestre de deste ano, 677 mil pessoas, queda de 3,9%, maior do que o recuo do percentual da região Nordeste, -0,6%, e menor do que o recuo detectado em nível de Brasil: -6,5% (menos 389 mil pessoas). Mesmo com essa diminuição de 3,9% (-26.000 pessoas), o “exército” de desalentados do Maranhão nesse 2º trimestre do ano foi o segundo maior dentre as 27 Unidades da Federação. O maior contingente de desalentados está na Bahia (715 mil pessoas) e o terceiro no estado de SP (479 mil pessoas). Ressalte-se que no 2º trimestre de 2015, o nº de desalentados no Maranhão era de 108 mil pessoas.
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Subutilização
Com relação à subutilização da força de trabalho (envolve desocupados; os que estão ocupados, mas com insuficiência de horas trabalhadas; e força de trabalho potencial), o total de pessoas nessa situação no Maranhão era de 1,623 milhão de pessoas, no 2º trimestre de 2021, enquanto no 1º trimestre desse mesmo ano, o contingente era de 1,640 milhão de pessoas.
Houve uma queda de 1,0% no total de pessoas caracterizadas como subutilizadas. Quando se compara os números da passagem do 4º trimestre de 2020 para o 1º trimestre de 2021, notam-se maiores variações percentuais para as três subcategorias da força de trabalho subutilizada.
O rendimento médio mensal real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no Maranhão, no 2º trimestre de 2021, foi de R$ 1.478, enquanto no trimestre imediatamente anterior, foi de R$ 1.514, apresentando um movimento de queda: -2,4%. O mesmo fenômeno foi detectado em nível de Brasil, com recuo de 3,0%: R$2.594 no 1º trimestre de 2021 e de R$2.515 no trimestre subsequente.
Em relação ao 2º trimestre de 2020, já em plena pandemia, os dados do 2º trimestre de 2021
apontaram perda maior de rendimento: Maranhão, -5,3% (R$1.560 naquele trimestre de 2020), e -6,6%, em nível de Brasil (R$2.692 naquele trimestre de 2020).
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Força de trabalho
A força de trabalho engloba as pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas e as desocupadas que procuraram trabalho no período de referência da pesquisa. No Maranhão, 2,653 milhões de pessoas estão na força de trabalho, enquanto 2,942 milhões não estão. A força de trabalho no Maranhão no 2º trimestre de 2021 cresceu 2,9% em relação ao 1º trimestre de 2021 e 11,6% em relação ao 2º trimestre de 2020. Eram 2,378 milhões no 2º trimestre de 2020 e 2,577 milhões no 1º trimestre de 2021. A situação da força de trabalho em termos de números absolutos no 2º trimestre de 2021, praticamente, voltou ao patamar de antes da pandemia: 2,636 milhões no 1º trimestre de 2020. Em função da pandemia, o quantitativo da força de trabalho decresceu. Os postos de trabalho foram diminuídos e muitos dos que perderam emprego não retornaram ao mercado de trabalho de imediato.
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