SÃO LUÍS - Membros da bancada do Maranhão posicionaram-se ao longo da semana, em entrevistas a O Estado, sobre os atos em favor do governo Bolsonaro previstas para o dia 7 de setembro, em todo o país.
Na quinta-feira, 26, em entrevista à Rádio Jornal Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as manifestações terão como agenda "democracia e liberdade acima de tudo”. Ele reafirmou o compromisso de comparecer ao ato na Avenida Paulista, em São Paulo, onde deverá discursar aos presentes.
"Pretendo, sim, participar do evento na [Avenida] Paulista, onde devo chegar por volta das 15h30. E aí, sim, em um pronunciamento mais demorado, falar com a população, dar uma mensagem de esperança e também mostrar para o mundo o quanto o povo está preocupado com o seu futuro".
O presidente disse que as manifestações devem ser consideradas "normais" e convocou políticos a saírem às ruas e a discursarem nos movimentos locais previstos para a data.
O Ministério da Defesa cancelou o desfile militar realizado tradicionalmente no dia 7 de setembro em comemoração ao aniversário da independência do Brasil.
A crescente politização das forças de segurança, sobretudo nas Polícias Militares, e a animosidade na relação entre os Poderes, no entanto, têm gerado temor de que possa haver tentativas de ruptura institucional durante essas mnifestações.
Opiniões - Esse é, também, o pensamento de parte da bancada maranhense ouvida pela reportagem.
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Para o deputado federal Gastão Vieira (Pros), existe um clima de "total preocupação no Congresso”. Ele alega, contudo, que a fala do comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, na quarta-feira, 25, sobre a celebração “pode ser interpretada como um sinal bem positivo” para o rumo que as coisas podem tomar.
O militar disse, na ocAsião, que o 7 de Setembro é forma de reafirmar "o compromisso com os valores mais nobres da pátria com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento".
Gastão acredita, contudo, que "distúrbios de rua, entre bolsonaristas e lulistas, vão ocorrer".
"Penso que os Tribunais Superiores vão punir bem quem participar [de atos de vandalismo]”, completou.
Preocupação - Parlamentares mais alinhados à esquerda também veem com preocupação os atos convocados para o feriado em várias cidades brasileiras, mas, sobretudo, em Brasília, capital federal.
“Haverá, com certeza, manifestações antidemocráticas, conforme incentiva o presidente Bolsonaro”, asseverou o deputado Zé Carlos (PT). “Espero que seja totalmente pacifica. Entretanto, minha preocupação é com os excessos, com a violência características de grupos extremistas”, destacou.
Para o senador Weverton Rocha (PDT), a democracia brasileira é sólida, mas a "movimentação disfuncional” de "uma parcela minoritária, porém barulhenta da sociedade” preocupa setores da República.
“Acredito na solidez da nossa democracia. Mas claro, vejo com preocupação essa movimentação disfuncional contra a ordem constitucional. É uma parcela minoritária, porém barulhenta da sociedade, que precisa aprender a respeitar o desejo majoritário de paz, de harmonia e democracia”, complementou.
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