São Luís - Uma operação conjunta da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís, da Delegacia do Consumidor e da Defensoria Pública realizada ontem conseguiu desarticular uma empresa de finanças, localizada no Renascença, suspeita de prática de estelionato e crimes contra a defesa do consumidor. Apenas de uma das vítimas, ela chegou a obter de forma ilegal um valor de R$ 9 mil.
A ação foi coordenada pela delegada da Delegacia do Consumidor, Débora Aiara. Ele declarou que durante a incursão foi cumprido mandado de busca e apreensão e os policiais apreenderam dentro dessa empresa de finanças cópias de contratos, pendrives e HDs. Este material vai ser submetido a exames periciais.
A delegada informou que a investigação segue pela Delegacia do Consumidor com o objetivo de identificar os autores e a individualização das práticas criminosas. O Ministério Público também vai acompanhar a investigação e há informações que outras empresas do ramo de finanças na capital realizam esse mesmo tipo de ato ilegal.
Ainda de acordo com a polícia, as vítimas vão até a empresa em busca de empréstimo para obtenção de um determinado bem, com a promessa de receberem os valores no prazo de 10 dias úteis, mas, após a assinatura do contrato e o pagamento de uma taxa calculada sobre o empréstimo, é que ficavam sabendo que, na verdade, estavam participando de um consórcio. Dessa forma, eles só teriam acesso ao valor pretendido, caso fossem sorteados.
Vítimas
A maioria das vítimas foi atraída por anúncios postados em redes sociais da empresa de finanças. Ela prometia facilidades para obtenção de empréstimos. Em geral, os prazos informados para o recebimento dos valores pretendidos giravam em torno de 10 dias úteis.
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Uma das vítimas foi o motorista Egnaldo Mendes. Após ver o anúncio no Facebook, ele entrou em contato com um vendedor da empresa em busca de um financiamento no valor de R$ 28 mil para a compra de veículo seminovo. Depois da assinatura do contrato e do pagamento do valor de R$ 9 mil, que foi informado de que tinha contratado um consórcio de cota contemplada e que não havia previsão para receber o dinheiro.
A mesma situação ocorreu com o comerciante Célio Sérgio Pinto. Ele buscou um financiamento de R$ 28 mil, pagou R$ 3.150 e não recebeu a importância. Ele tentou reaver o valor investido, mas teve o pedido negado pela empresa, que alegou que o contrato assinado pelo cliente era claro e não permitia o cancelamento.
A promotora de Justiça Lítia Cavalcanti declarou que a conduta dessa empresa não é isolada, sendo bastante comum em São Luís, o que tem sido muito denunciado ao Ministério Público e outros órgãos de defesa do consumidor. “Recebemos constantemente inúmeras reclamações de clientes lesados, que devem ficar alerta sobre essas facilidades que são vendidas de forma fraudulenta. Isso é golpe”, orientou a promotora.
Mais golpe
Um homem, nome não revelado, foi preso em Imperatriz quando tentava aplicar golpe. A polícia informou que ele comprava motocicleta, emitia um comprovante de pagamento falso via WhatsApp e apresentava para as vítimas com o nome falso. Ainda no mês passado, ele teria dando esse mesmo golpe a uma pessoa, na cidade de Jenipapo dos Vieiras.
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