São Luís - Cerca de 500 pessoas foram atendidas durante a 14ª edição da Ação Resgate, ocorrida ontem, na área do Mercado Central, em São Luís. No decorrer das ações realizadas neste ano foram registrados mais de 5.200 atendimentos e, pelo menos 51 pessoas em situação de rua foram resgatados e, no momento, estão fazendo tratamento clínico.
A Ação Resgate é desenvolvida há mais de uma década pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) do Monte Castelo e da Polícia Civil, com apoio de outras instituições e organizações não governamentais. Um dos coordenadores desse trabalho, Marcelo Costa, disse que nesta edição foram oferecidos diversos atendimentos clínicos para a comunidade como testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite, glicemia e Covid-19.
Também foram oferecidos atendimentos de clínica médica, psiquiatria, curativos, vacina contra a H1N1 e aferição de pressão. “Um dos nossos objetivos é levar esses tipos de serviços para a comunidade como ainda tentar resgatar as pessoas em situação de rua”, declarou Marcelo Costa.
Barhuan Sarcozyê, de 30 anos, foi um dos resgatados durante a ação. Ele disse que mora na rua há 15 anos e desde a época da adolescência é usuário de droga, mas, no momento pretende fazer o tratamento e obter uma profissão. “Estou decidido que devo fazer o tratamento para poder conseguir um emprego”, contou Sarcozyê.
Serviços clínicos
Muitas pessoas da região procuram pelos exames e consultas clínicas durante a ação. A idosa Ignes Ramos, de 66 anos, disse que ficou sabendo pelos vizinhos que a ação aconteceria na terça-feira, 27, e foi ao local com o objetivo de fazer o exame de glicemia. “Sou diabética há três anos, então vim saber como está a minha glicemia”, declarou a idosa.
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Antônio Marcos Chagas, de 48 anos, contou que pretendia se consultar com a clínica geral. “Uma consulta em um hospital público está difícil conseguir, principalmente durante esse período de pandemia”, disse.
Francisco Almeida, de 72 anos, pretendia verificar a glicemia e aproveitar para tomar a vacina H1N1. “Eu já tomei as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas estava faltando ser imunizado contra a gripe”, comentou o idoso.
Resultado positivo
O outro coordenador da Ação Resgate é o delegado da Polícia Civil Joviano Furtado. Ele afirmou que esse trabalho vem sendo realizado em diversos pontos da Grande Ilha há 10 anos e tem tido um saldo positivo. No decorrer deste período mais de 95 mil pessoas já foram atendidas e somente nas ações do ano passado cerca de 12 mil pessoas beneficiadas.
Joviano Furtado informou durante este ano as ações ocorreram na praça Deodoro, no Centro; Mercado Central, João Paulo e no Oscar Frota. “Geralmente, as ações ocorrem em pontos da cidade onde há concentração de dependentes químicos”, explicou o delegado.
Ele também contou que a 14ª edição da Ação Resgate ocorreu no Mercado Central em razão da presença de dependentes químicos. O próximo trabalho vai acontecer na primeira quinzena do próximo mês e provavelmente deve acontecer na feira do João Paulo ou na Praça Deodoro.
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