Maranhão vai receber vacinas do consórcio Covax/Facility, diz MS

O Maranhão será um dos estados contemplados com parte da carga de 842,4 mil doses de imunizantes Pfizer recebidas pelo Brasil no domingo, 20. Esta será a primeira carga recebida pelo estado referentes ao consórcio Covax/Facility de vacinas do tipo.

A informação sobre o envio ao território maranhense foi confirmada a O Estado por fontes próximas ao Ministério da Saúde (MS). Consultada, a pasta informou que o Maranhão será um dos estados contemplados e que a oficialização deve ocorrer até quinta-feira, dia 24, após reunião entre gestores estaduais com membros da pasta estadual. A expectativa é de envio das doses do imunizante até sábado, dia 26.

Com isso, o Maranhão elevará a carga de imunizantes recebidos pelo estado contra a Covid-19 desde o início da pandemia. Até o momento, 244.530 doses da Pfizer foram recebidas. Ontem, conforme informou O Estado em seu site no domingo, dia 20, 184.250 doses de imunizantes AstraZeneca foram enviados pelo MS.

Nos próximos dias, autoridades estaduais devem iniciar a distribuição das doses via Covax aos municípios. Na capital, as doses devem ampliar a vacinação de públicos específicos, como gestantes e puérperas (com e sem comorbidades) e pessoas em tratamento contínuo de doenças. Além disso, retardatários devem ser chamados.

Os representantes das secretarias estadual e municipal de Saúde da capital também aguardam pelo envio de parte da carga de 1,5 milhão de doses da vacina Janssen, cujo recebimento é esperado pelo MS. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante audiência da comissão temporária da Covid-19, no Senado Federal.

No entanto, apesar do anúncio, até o fechamento desta edição, o MS – consultado por O Estado – informou que aguardava pela liberação da carga via laboratório responsável. Se autorizado, o envio corresponde – por enquanto – a metade do montante estimado pelo Governo Federal que, na semana passada, anunciou a chegada de 3 milhões de doses do imunizante produzido pela Johnson & Johnson. Devido ao atraso, recentemente, a Anvisa postergou o prazo de validade do lote da vacina que, inicialmente, seria encerrado no fim deste mês.

O anúncio da chegada da vacina Janssen na capital chegou a ser feita pelo governador do Estado, Flávio Dino, em coletiva de imprensa realizada no dia 12 deste mês. Na ocasião, segundo o gestor, 90.800 doses da vacina seriam recebidas. Procurado, o MS creditou a um atraso do laboratório o descumprimento do prazo inicial para a entrega dos imunizantes que, conforme orientação do fabricante, são aplicados a princípio em dose única.

Ampliação

Nas redes sociais, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide – ao interagir com seguidores – disse que, caso haja autorização do Ministério da Saúde (MS), a população de São Luís entre 12 e 17 anos de idade será imunizada. Por enquanto, apenas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o uso da vacina Pfizer para pessoas entre 12 e 15 anos. O imunizante já tinha registro para uso em toda a população maior de 16 anos.

Desde a semana passada, a imunização na capital priorizou a proteção imunológica de jovens. No fim de semana, foram vacinadas pessoas de 20 e 21 anos de idade. No sábado, dia 19, o movimento foi considerado tranquilo enquanto que, no dia 20, a procura foi bem maior nos pontos de vacinação.

MS negocia doação de vacinas Janssen

O Ministério da Saúde (MS) negocia a doação imediata de vacinas Janssen com os Estados Unidos. A informação foi divulgada inicialmente pela CNN Brasil e confirmada por O Estado com fontes próximas ao MS. Por enquanto, não há confirmação oficial da pasta.

Com isso, o país ampliaria a aplicação das doses que, por ora, são de dose única. O Maranhão deve ser um dos estados beneficiados, caso as negociações avancem. No dia 8, em depoimento na CPI do Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo antecipou parte das 38 milhões de doses contratadas pelo Brasil com a farmacêutica responsável.

A meta do MS é cumprir com a meta de proteger toda a população adulta brasileira, pelo menos em primeira dose, até setembro.

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