São Luís - A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou, dia 1º de junho, a homologação do resultado do leilão, realizado em 7 de abril, para concessão de 22 aeroportos em 12 estados brasileiros, incluindo dois no Maranhão. A assinatura do contrato, com prazo de 30 anos, acontecerá dia 3 de setembro deste ano.
A concorrência foi realizada em três blocos e a Companhia de Participações em Concessões, parte do Grupo CCR, arrematou os blocos Sul e Central, estando inclusos neste segundo o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, e o Aeroporto Nacional de Imperatriz Prefeito Renato Moreira.
Segundo informações exclusivas repassadas a O Estado pelo Grupo CCR, após a assinatura do contrato, a empresa dará início à fase de transição, junto à Infraero. A partir desse momento, os passageiros poderão ter uma percepção das mudanças e melhorias, assim como já ocorreu no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), e nos terminais administrados pelo mesmo grupo no exterior.
Ritual
Até que ocorra a transferência completa dos aeroportos para a concessionária, há um ritual legal a ser seguido, previsto no edital do leilão, com etapas a serem cumpridas ao longo deste ano. Os investimentos previstos para os aeroportos de São Luís e Imperatriz, bem como para os demais terminais, serão definidos em função de requisitos mínimos de atendimento ao edital e realizados pelo Grupo CCR de acordo com o cronograma estabelecido pelo órgão regulador.
Entre os investimentos previstos para o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado estão ampliação do terminal de passageiros e do sistema de pistas e pátio de aeronaves. No Aeroporto Nacional de Imperatriz serão realizadas obras de ampliação do pátio de aeronaves e melhorias no terminal de passageiros. Há, ainda, conforme a CCR, outras melhorias e inovações nos serviços que poderão ser realizadas, para proporcionar uma melhor experiência aos passageiros.
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A empresa informou que todas as melhorias a serem realizadas nos terminais, bem como as obras previstas, serão comunicadas à imprensa. O grupo CCR arrematou o bloco Sul por R$ 2,1 bilhões e o lote Central por R$ 754 milhões. Os lances representam, respectivamente, ágio de 1.534% e 9.156% em relação aos lances mínimos.
A empresa Vinci Airports ficou com o bloco Norte, pagando R$ 420 milhões, um ágio de 777% sobre o preço mínimo estipulado. No bloco Central, do qual participam os dois aeroportos maranhenses, estão ainda os aeroportos de Goiânia (GO), Teresina (PI), Palmas (TO) e Petrolina (PE). O lance mínimo era de R$ 8,1 milhões.
No bloco Norte estão os aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR). O lance mínimo havia sido estipulado em 47,9 milhões. No bloco Sul, foram concedidos os terminais de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). O valor mínimo para esse lote era de R$ 130,2 bilhões.
O Ministério da Infraestrutura espera que os terminais, por onde circulam cerca de 24 milhões de passageiros por ano, recebam, aproximadamente, R$ 6,1 bilhões em investimentos. Devem ser investidos, segundo o Ministério, R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Central e R$ 1,4 bilhão no Norte.
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