Novos hábitos

Covid-19 muda as comemorações e homenagens do Dia das Mães pelo segundo ano seguido

O tradicional almoço em alusão a essa data comemorativa ocorreu com o número mais restrito de pessoas, famílias deixaram de ir ao restaurante e o movimento foi fraco nos cemitérios da Ilha

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Maria das Dores Ferreira, pelo segundo ano consecutivo, não reuniu toda a família para o almoço do Dia das Mães (Maria das Dores)

São Luís - Pelo segundo ano seguindo, as comemorações e as homenagens do Dia das Mães, 9, foram modificados em razão da pandemia da Covid-19. Dados mais recentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que havia 273.217 casos confirmados dessa enfermidade em todo o estado e um total de 7.526 óbitos.

Por força da quarentena em que a palavra de ordem é o isolamento social, o tradicional almoço do Dia das Mães não reuniu a família como todo ano acontece na residência da idosa Maria das Dores Ferreira, de 81 anos. Ela é mãe de 7 filhos como também possui 11 netos e dois bisnetos.

A idosa neste ano almoçou apenas com dois filhos e uma das netas. A matriarca da família declarou que já tomou as duas doses da vacina contra o novo coronavírus, mas continua mantendo o protocolo sanitário devido fazer parte do grupo de risco, ou seja, é diabética e hipertensa.

Maridete Messias, de 57 anos, pela segunda vez não foi almoçar com o marido, os filhos, os netos, genro e nora no restaurante como acontece em todas as datas comemorativas da família. Ela contou que neste ano o almoço ficou reservado apenas para uma parte da família e sendo que todos tiveram que higienizar as mãos com o álcool em gel.

Ainda segundo Maridete Messias, o seu esposo é diabético e até o momento tomou apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19. “Devemos tomar cuidado e neste momento de pandemia, pois, o certo é seguir as normas sanitárias para que não possa ser infectado”, frisou Maridete Messias.

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Movimento fraco

Os cemitérios da Grande Ilha, geralmente, no Dia das Mães ficam lotados, mas, neste ano apresentou um movimento fraco. Havia uma ou duas pessoas visitando alguns túmulos e no máximo ficavam em um intervalo de trinta minutos.

O funcionário Márcio Silva, de 48 anos, disse que veio rapidinho trazer flores para o túmulo da sua mãe, que tinha 10 anos de falecida. “Não vou demorar. Trouxe apenas algumas flores e fazer algumas orações, em seguida, vou embora, pois, devemos ter cautela devido o coronavírus”, declarou Márcio Silva.

Um cemitério, localizado na Estrada de Ribamar, chegou a realizar atividades em alusão ao Dia das Mães. Um delas foi o mural da saudade em que as pessoas podiam deixar um recadinho para a sua mãe. “Escrevi bem grande no mural que amo a minha mãe e ela nos deixou há oito anos”, contou o Bruno Almeida, de 32 anos.

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