Hoje é dia de...

Neste sábado, 1º de maio, celebra-se o Dia da Literatura Brasileira

A Literatura é um mundo de possibilidades de enriquecimento cultural e de vivência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Autores locais e prêmios voltados para o incentivo de publicações fortalecem produção de Imperatriz e região (leitura)

Imperatriz - No dicionário Aurélio, literatura é definida como a arte de construir ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. Nele, também pode ser definida como um conjunto de obras literárias de um determinado país, época ou até mesmo um agrupamento de conhecimentos literários específicos. Para Bernardo Soares, heterônimo do poeta brasileiro Fernando Pessoa, a literatura é o jeito “mais agradável de ignorar a vida”.

Neste sábado, 1º, celebra-se o Dia da Literatura Brasileira. A comemoração foi instituída em homenagem à José de Alencar, que além de escritor, era advogado, jornalista e político. Nascido neste mesmo dia, mas no ano de 1829 no Ceará, foi um grande escritor brasileiro, autor de obras célebres como “O guarani” (1857); “Iracema” (1865) e “Senhora” (1875). Foi imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 23.

Para o jornalista e escritor de fantasias, João Marcos dos Santos Silva, literatura é tudo, assim como um respiro da alma. O autor de 24 anos, nascido em Imperatriz, começou sua aventura pelo mundo da escrita ainda criança, na escola. “Ler transforma e o livro tem a capacidade de impactar uma vida. Todo escritor precisa escrever, que nada mais é do que respirar”, explica sobre o que a literatura significa em sua vida.

Foi durante uma aula de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, aos dez anos de idade, que João Marcos se encantou com a arte de desenvolver histórias. Diante de uma “simples” atividade proposta pela professora, um mundo de possibilidades se abriu aos seus olhos. “Nessa atividade tínhamos que criar uma história a partir de uma tirinha. Intitulei o texto de 'O Menino e a Tartaruga' e, a partir disso, percebi o quanto que era legal criar histórias. Depois disso, não parei mais. Meu primeiro livro conclui com 13 anos”, explica.

Recursos municipais incentivam a produção e fomento de obras literárias locais. A exemplo, a escritora, professora e jornalista Edelvira Marques, imperatrizense autora dos títulos históricos “Eu, Imperatriz” (1972); “História da Fundação de Imperatriz” (1993) e “Imperatriz: Memória e Registro” (1996), virou em 2018 nome de premiação de incentivo à publicação de livros. Instituído pela Prefeitura de Imperatriz, o prêmio é uma homenagem à escritora falecida em 2007, com o objetivo de estimular e promover produções que enaltecem a identidade local. Como celebração, estímulo e valorização, a escritora também foi homenageada dando nome a uma escola municipal de educação infantil no bairro Planalto.

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Também voltado para o incentivo à literatura feita em nossa região, a Prefeitura promove o Prêmio Literário da Academia Imperatrizense de Letras, com premiação de cinco mil reais para autores locais com obras literárias já publicadas. No Salão do Livro de Imperatriz, Salimp, deste ano, que ocorre nas plataformas digitais entre os dias 03 e 05 de junho, serão empenhados recursos oriundo da Lei Aldir Blanc, obtidos via Fundação Cultural.

SAIBA MAIS

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As produções de João Marcos incluem títulos como "A verdadeira História do Pequeno Polegar" (2009), e participações nas antologias Arrependa-se (2019) e Prenúncio do Medo: Morte (2020). Em janeiro de 2021, lançou a coletânea de contos em formato de digital na Amazon, chamada “Espadas Gêmeas”.

Como referências na literatura para sua formação de autor, João Marcos tem as obras “Vidas Secas” (1938) de Graciliano Ramos e “Iracema” (1865) de José de Alencar; livros esses que balançaram sua perspectiva a respeito da literatura brasileira. Também no ramo dos clássicos brasileiros, ele elenca os títulos “Auto da Compadecida” (1956) de Ariano Suassuna e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) de Machado de Assis como suas paixões. Mas não só de leituras clássicas se faz um autor, livros contemporâneos como “Sangue de Lobo” (2010) da Rosana Rios e Helena Gomes e “Todo Dia a Mesma Noite” (2018) de Daniela Arbex, também fazem parte da sua estante.

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