Crise

Covid-19: SES e fornecedores alertam para possível falta de oxigênio no MA

Constatação foi feita em encontro medido pelo Ministério Público nesta segunda

Gilberto Léda / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Falta de oxigênio preocupa autoridades do estado (Cilindros de oxigênio)

SÃO LUÍS - O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, e representantes de empresas fornecedoras de oxigênio para unidades hospitalares do Maranhão alertaram na segunda-feira, 22, para a situação “grave" e “preocupante" do abastecimento do insumo em municípios do Maranhão.

Em reunião medida pelo Ministério Público, o titular da SES informou que, no momento, a rede pública estadual de saúde não corre riscos de desabastecimento, mas disse que nas redes municipais a situação já é mais grave.

Ao se manifestar, o prefeito João Igor Carvalho, de São Bernardo, confirmou a informação: segundo ele, em algumas localidades a falta de oxigênio já é uma realidade.

Paulo Baraúna, representante da empresa White Martins, multinacional brasileira do ramo de fabricação de gases industriais e medicinais, disse que a situação no estado, embora ainda não seja desesperadora, é preocupante. Segundo o executivo, o volume de oxigênio que está sendo consumido nesta segunda onda da pandemia da Covid é bem maior do que o da primeira onda, no ano passado.

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"No pior momento de 2020, entre abril e maio, tínhamos estocado, do total de oxigênio produzido, apenas 15% com autonomia para menos de 10 dias; hoje, esse índice subiu para 58%. Ou seja, estamos tendo que circular muito mais para atender a demanda e o nosso estoque está sendo reduzido com maior brevidade", explicou.

Para Carlos Schmidt, da empresa Pharma Gás, o fornecimento do oxigênio não deve ser encarado como a solução para o enfrentamento da Covid. “Enquanto não houver a diminuição da curva do contágio da doença, a situação só vai se agravar”, comentou.

Outros fornecedores presentes à reunião também defenderam a vacinação dos técnicos das empresas que trabalham diretamente no fornecimento e distribuição do oxigênio para as unidades hospitalares. Eles consideram que esses profissionais devem ser enquadrados nos grupos de risco, por terem contato permanente com os hospitais que atendem pacientes infectados pelo coronavírus.

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