São Paulo – O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, revela uma queda de 4,1% em 2020, no comparativo com os números de 2019. Nesse cenário, os micro, pequenos e médios negócios influenciaram diretamente a baixa do índice, fechando o acumulado anual com -4,3%. Apenas as companhias de grande porte apresentaram dados positivos no ano.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, enfrentar os desafios do ano com o menor fôlego no fluxo de caixa não foi fácil para as PMEs. “Mesmo com as novas linhas de crédito disponibilizadas pelo governo e a reabertura do comércio, as micro e pequenas empresas precisaram se reinventar e resistir para manterem-se na ativa. A retração da demanda por crédito, vista ao longo do ano, é o reflexo da insegurança dos empreendedores em adquirir novas dívidas. Além disso, outros fatores que os deixaram mais cautelosos e fizeram com que adiassem a busca por crédito foram as inconclusões sobre a reforma administrativa e tributária”.
A comparação por região mostra a queda da busca por crédito em todo o Brasil, com exceção do Norte (0,2%). Em ordem crescente estão o Sudeste (-5,9%), Nordeste (-3,3%), Sul (-3,2%) e Centro-Oeste (-0,3%).
Ao analisar os segmentos, é possível observar que, apesar do dado negativo, Serviços foi o que mais demandou crédito durante o ano. Mesmo com queda de 2,8%, o segmento teve o menor encolhimento frente aos demais no acumulado anual de 2020 ante 2019.
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O economista Luiz Rabi explica que os dados refletem a situação das empresas que atuam nesta área durante o último ano passado. “Muitas delas, fragilizadas pelo cenário instável da economia e período de distanciamento social, acabaram fechando as portas ou reduzindo drasticamente sua receita. Ainda assim, alguns empreendimentos puderam aproveitar as linhas ofertadas com negociações mais flexíveis para conseguir se manter até a tímida retomada econômica durante o segundo semestre do ano”.
Análise interanual revela crescimento
Considerando apenas o mês de dezembro de 2020 e 2019, houve aumento de 4,5% na procura das empresas por crédito. O resultado foi impactado pela alta da procura das companhias de todos os portes, sendo as micro e pequenas as que registraram maior alta (4,6%), seguidas pelas grandes (4,1%) e médias (1,4%).
Na avaliação por segmento, o setor de Serviços foi o que mais cresceu, com 6,0%. Em relação as regiões, apenas Norte e sul tiveram quedas, -11,9% e -1,7% respectivamente
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