Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quinta-feira, 4, que a Proposta de Emenda à Constituição 86/2019, conhecida como PEC Emergencial, começará a ser votada na Casa na próxima terça-feira, 9. O texto, que cria mecanismos de ajuste fiscal e permite a retomada do pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foi aprovado pelo Senado em segundo turno, na tarde de ontem, 4.
Havia a expectativa de que a Câmara iniciasse o debate da proposta ainda nesta quinta-feira. Mas, após reunião do colégio de líderes, foi firmado o entendimento de que a Casa precisa de mais tempo para analisar a proposta. Para relatar a proposta, Lira escolheu o deputado Daniel Feitas (PSL-SC).
“Não é justo que a PEC saia hoje [ontem] do Senado e a Câmara tenha que votar hoje ou amanhã sem discutir. O Senado levou um tempo maior e os deputados e deputadas tendo conhecimento do texto, pelo menos dá para os partidos e as lideranças se posicionarem com relação ao mérito a partir da terça-feira, que é o que eu penso”, disse Lira após a reunião.
Na avaliação do presidente da Câmara, se houver um acordo entre as lideranças partidárias, há a possibilidade de a tramitação da PEC ser acelerada. Para isso, tem que ser aprovado um requerimento de urgência para que a análise do texto ocorra diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
Caso isso ocorra, Lira disse acreditar na possibilidade de votar a proposta em primeiro e segundo turnos ainda na quarta-feira, 10, com a quebra do intervalo de votação entre os turnos, que é de cinco sessões entre um turno e outro.
Para ser aprovada, a proposta deve ter os votos de três quintos dos deputados, no mínimo, em cada turno da votação, ou seja, aprovação de 308 dos 513 deputados.
Comissões
Também havia a expectativa de que as comissões permanentes da Casa fossem instaladas nesta quinta-feira, com a definição dos respectivos presidentes. Mas, por falta de acordo, a decisão foi adiada para a próxima semana.
O comando das 25 comissões permanentes é distribuído pelo critério da proporcionalidade partidária, ou seja, quanto maior o número de deputados de determinado partido ou bloco partidário, mais comissões esse partido ou bloco tem o direito de presidir.
“Estamos tentando aqui, tem alguns óbices. Mas se não houve [a definição], com certeza na terça-feira, 9, a gente resolve”, disse Lira, acrescentando que “não tem imbróglio, só não tem acordo entre os partidos”. As informações são da Agência Brasil.
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